A subdiretora da Sala de Imprensa do Vaticano, Paloma García Ovejero, negou que o Papa tenha felicitado um casal homossexual pelo batismo de seus filhos adotivos, através de uma declaração enviada a ACI Digital na noite desta terça-feira, 8 de agosto.
 
“Em relação à carta assinada pelo Monsenhor Assessor da Secretaria de Estado, reitero que a afirmação do senhor Toni Reis de que se trata de uma resposta ao casal é falso. A carta estava dirigida apenas a ele (‘Prezado Senhor’)”, indica García Ovejero.
 
A declaração da subdiretora da Sala Stampa assinala também que “embora é certo que no corpo da notícia se fazia referência a uma bênção à família do destinatário, se precisa que em português esta expressão tem um sentido genérico e amplo”.
 
O ativista LGTB Tony Reis e seu companheiro David Harrad publicaram no Facebook que em abril enviaram uma carta ao Pontífice contando-lhe sobre o batismo de seus três filhos, Alyson, Jéssica e Filipe, em uma igreja de Curitiba no Brasil.
 
Em declarações à agência AFP, disseram que um membro da Secretaria de Estado do Vaticano, Mons. Paolo Borgia, felicitou o casal em nome do Papa pelo batismo de seus três filhos adotivos através da mencionada carta.
 
A carta difundida pelo casal é o modelo padrão de resposta de cortesia que o Vaticano envia a todas as pessoas que escrevem ao Papa.

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“Na resposta enviada pela Seção Portuguesa da Secretaria de Estado em nome do Santo Padre, não há nenhum elemento que faça referência ao conteúdo concreto da carta do senhor Reis, exceto o agradecimento do Papa com a expressão da ‘estima e veneração ao Pastor da Igreja Universal’”, concluiu a funcionária do Vaticano.
 
Com efeito, Reis e Harrad não publicaram o texto da carta que eles enviaram ao Papa Francisco e se desconhece se na missiva original eles se apresentaram como casal homossexual.
 
Não é a primeira vez que algo assim acontece na Secretaria de Estado do Vaticano. Já no passado, um funcionário enviou uma carta similar a um casal de lésbicas que também usaram o documento para apresentá-lo falsamente como uma aprovação do Papa à sua relação.
 
Confira:

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