Padre Giovanni Mezzadri é um missionário italiano que desde 1972 está no Brasil. Sua história, porém, teria sido outra se não tivesse encontrado o padre Pio de Pietrelcina, em 1959. Depois de alguns anos tentando escapar de sua vocação, foi em uma confissão com o santo dos estigmas que decidiu ouvir o chamado de Deus. “Eu senti naquele momento que estava recebendo uma grande, grandíssima graça de Deus”, disse o padre xaveriano.

Mezzadri nasceu em 19 de abril de 1937 em Parma, Itália. Aos 19 anos, “estudava de noite e trabalhava de dia como torneiro mecânico”. Foi quando recebeu “uma revista missionária que dizia que no mundo tem muitas pessoas querendo conhecer Jesus, mas são poucos os evangelizadores”. “Senti um chamado, mas eu não queria aceitar este chamado”, conta. Procurou, então, arrumar uma namorada, “porque diziam que se namorasse ia esquecer essa vocação. Namorei por três meses, mas sentia que este chamado continuava a me perturbar”.

“Tive a oportunidade de pegar um brevê de piloto e fiz isso para esquecer a vocação”, diz o padre Mezzadri. Mas, embora ele não quisesse aceitar, o chamado seguia em seu coração. Em seguida, pediu para ingressar na aeronáutica italiana, “pensando em dirigir os aviões mais complicados, teria que dar mais atenção aos aviões”. Com isso, acreditava que “seria mais fácil esquecer a vocação”. Fez um curso e, enquanto esperava a resposta, um primo o convidou para ir a San Giovanni Rotondo, onde vivia padre Pio.

“Eu fui e lá fiquei uns dias, ia à missa cedo e, quando chegou minha vez de confessar, eu disse os meus pecados. Depois, disse: ‘Às vezes me vem a tentação de entrar no seminário’. Pensava que ele ia me tirar essa tentação. Ele me olhou com severidade e me disse: ‘Que tentação? Faz três anos que está resistindo ao chamado de Deus’. Eu senti naquele momento que estava recebendo uma grande, grandíssima graça de Deus”, recordou.

 

Em entrevista à ACI Digital, padre Giovanni recordou que naquele dia era celebrada Nossa Senhora das Graças e, quando saiu da confissão, a praça estava lotada e ao fundo, seguia uma procissão com a imagem da Virgem Maria. “Padre Pio não me disse nada, mas depois que me deu a força para seguir os meus passos, senti também uma força que me dizia para, antes de ir para casa, agradecer a Nossa Senhora. Falei com meu primo que tinha que ir carregar aquele andor com a imagem, mas a praça estava muito cheia. Mesmo assim, consegui chegar até o andor e ajudar a carregá-lo”, relatou.

Depois dessa experiência com padre Pio, Mezzadri decidiu deixar a aeronáutica e no ano seguinte ingressou no Seminário dos Missionários Xaverianos. Fez sua consagração religiosa em 3 de outubro de 1964 e foi ordenado sacerdote em 27 de setembro de 1970. Quase dois anos depois, foi enviado como missionário ao Brasil, aonde chegou em 11 de fevereiro de 1972. Atualmente, vive na paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia (SP).

“Cada dia mais sou imensamente agradecido a padre Pio, porque se não fosse ele me dar um empurrão santo eu não seria o que sou. Que graça maior há no mundo que não a de ser sacerdote? Agora mesmo antes desta entrevista, estava atendendo uma confissão. Jesus se vale de mim, um pobre pecador, para derramar sua misericórdia e perdoar os pecados. É uma grande graça poder atender uma confissão, celebrar a Eucaristia”, disse à ACI Digital.

Atualmente, padre Giovanni Mezzadri acompanha alguns grupos dedicados a padre Pio, como o Grupo De Oração São Padre Pio, de Londrina (PR), e incentiva a devoção ao santo. Para o sacerdote, ainda hoje é necessário reforçar um pedido que padre Pio costumava fazer de que se reze o terço. “Nos dias de hoje o mundo passa por momentos difíceis e é preciso uma conversão urgente. Não podemos esperar porque amanhã pode ser tarde demais. Temos duas âncoras de salvação, o Imaculado Coração de Maria e o santo terço, além da confissão, da missa diária. Era o que padre Pio indicava”.

A história de padre Mezzadri com padre Pio é relatada no livro ‘Padre Pio mudou nossas vidas’, que pode ser adquirido AQUI.

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