Ontem (11), a Cáritas Ucrânia-SPES informou que duas mulheres da equipe e outras cinco pessoas foram mortas depois que tanques russos destruíram seu escritório na cidade sitiada de Mariupol.

“Recebemos más notícias: nosso escritório da Cáritas em Mariupol recebeu disparos de um tanque e havia pessoas no momento. Sete pessoas foram mortas, incluindo duas mulheres membros da equipe da Cáritas Mariupol”, disse a entidade em 11 de abril por meio de sua conta no Twitter.

 

A Cáritas Ucrânia-SPES também expressou suas condolências “aos pais das vítimas inocentes”.

Funcionários da Cáritas em Mariupol disseram que o ataque ocorreu em 15 de março, quando "havia pessoas se escondendo do bombardeio e buscando abrigo seguro conosco".

“Infelizmente, não temos informações precisas sobre as pessoas que estavam em nosso escritório no momento, então não podemos dizer exatamente quem estava lá naquele dia. Memória eterna para todos os mortos pela agressão russa. Nossas condolências aos parentes de nossos colegas”, concluiu.

Oliver Müller, diretor da Cáritas Alemanha, também expressou sua solidariedade ontem. Em um comunicado, afirmou que "a morte de civis e trabalhadores humanitários que trabalham sem reservas para outros nos deixa sem palavras". "Nossos pensamentos estão com as famílias dos mortos", disse.

“O fato de os funcionários da Cáritas Ucrânia, arriscando suas vidas, continuarem fornecendo ajuda humanitária urgentemente necessária todos os dias é admirável e merece grande respeito”, afirmou Müller.

Mariupol, uma cidade portuária no sudeste da Ucrânia, está sob ataque das forças russas desde 24 de fevereiro, o primeiro dia da invasão do país em grande escala.

Combatentes ucranianos resistem ao avanço russo na cidade, apesar do bombardeio que destruiu prédios e matou milhares de pessoas.

A Cáritas Ucrânia não trabalha só em Mariupol, mas continua ativa em outras cidades em conflito, como Kramatorsk, Zaporizhia e a capital Kiev. O foco da ajuda é cuidar de idosos, doentes e crianças.

Cerca de mil funcionários da Cáritas e muitos voluntários estão trabalhando nos centros que a organização católica tem na Ucrânia, fornecendo ajuda de sobrevivência dia e noite aos afetados e deslocados pela guerra.

As Nações Unidas já registraram mais de 1,7 mil mortes de civis e mais de 2 mil feridos.

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