A igreja de Santa Maria da arquidiocese de Buenos Aires, Argentina, recebeu uma relíquia de primeiro grau do beato Carlo Acutis no 29º aniversário do primeiro dos três milagres eucarísticos ocorridos na paróquia.

Os milagres de maio de 1992, julho de 1994 e agosto de 1996 foram compiladas por Carlo Acutis na exposição “Os Milagres Eucarísticos no Mundo” que montou na internet aos 15 anos.

A relíquia foi recebida na missa celebrada no dia 8 de maio, dia da padroeira da Argentina, Nossa Senhora de Luján, e transmitida nas redes sociais.

O pároco de Santa Maria, padre Alberto Sorace, afirmou que não é coincidência “que este sinal eucarístico tenha acontecido no dia da Virgem de Luján".

“Estamos em um momento de enorme graça” porque apesar da pandemia e das dificuldades “a fé permanece firme” individualmente e como comunidade.

E “não pelos nossos méritos, Deus nos confiou este sinal que se torna uma tarefa”, disse o padre.

“O Senhor nos dá a presença do beato”, como “um companheiro de caminho”, para que ele “ajude nesta transmissão, nesta narração dos acontecimentos ocorridos. Uma narrativa verbal que se transmite com fidelidade”, mas “que também deve traduzir-se não só em sinal, mas também em fatos” completou o pároco.

Padre Sorace agradeceu aos leigos que organizaram a chegada da relíquia e entregou a cada um deles uma relíquia de terceiro grau do Beto Acutis, também enviadas de Assis junto com a relíquia de primeiro grau.

Milagres eucarísticos na paróquia de Santa Maria

Na paróquia de Santa Maria em Buenos Aires ocorreram três milagres eucarísticos: em 1992, 1994 e em 15 de agosto de 1996.

Em 1999, o então arcebispo Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, pediu a Ricardo Castañón Gómez, médico, pesquisador em bioquímica cerebral, para investigar um fato ocorrido em 15 de agosto de 1996: uma hóstia que caiu no chão durante a comunhão, foi posta em um recipiente com água para se dissolver e 10 dias depois se transformou em sangue.

No ano 2000, um especialista em tecidos descobriu que as amostras continham pele humana e glóbulos brancos. Em 2003, o mesmo especialista disse que o tecido era de um coração inflamado, o que significa que "a pessoa a quem pertencia deve ter sofrido muito".

Em 2005, Castañón Gómez pediu a outro especialista da Universidade de Columbia para investigar. O cientista identificou o tecido como sendo do coração, principalmente do ventrículo esquerdo, e o etiquetou como tecido vivo provindo de uma pessoa que sofre.

Castañón Gómez concluiu que o Senhor “no milagre quis mostrar-nos o seu miocárdio, que é o músculo que dá vida a todo o coração, como a Eucaristia faz com a Igreja. E por que o ventrículo esquerdo? Porque é daí que vem o sangue purificado e Jesus é quem purifica a sua Igreja dos seus pecados”.

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