A Heartbeat International, uma das maiores redes de apoio à gravidez do mundo, se defendeu das acusações de sete senadores democratas dos EUA de que a organização se envolve em “práticas enganosas” e que poderia estar usando os dados pessoais que coleta para incriminar mulheres que querem abortar.

A senadora Elizabeth Warren e seis outros senadores fizeram as acusações em uma carta de 19 de setembro enviada a Jor-El Godsey, presidente da Heartbeat International, uma rede que atende a mais de 2,8 mil centros de gravidez, maternidades e agências de adoção sem fins lucrativos.

“Todos nós sabemos o que é isso. Esta é uma política que não está destinada a ajudar as mulheres, mas a influenciar nas eleições. É um truque pensado claramente para apaziguar os intermediários poderosos da grande indústria do aborto”, criticou Godsey.

Ele também disse que o trabalho da Heartbeat International é "seguro, protegido e legal".

“A Heartbeat fornece ajuda há mais de 50 anos e nunca recebemos nenhuma dessas perguntas ou preocupações até recentemente, e feitas por aqueles que têm uma agenda clara de aborto. É política, e lamentamos que seja uma distração do nosso importante trabalho de ajudar as mulheres a encontrar alternativas ao aborto", disse.

A carta dos senadores democratas

A carta dos senadores diz que os dados que a organização coleta de mulheres que utilizam seus centros de gravidez não são protegidos pela Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro Médico de 1996, mais conhecida como HIPAA, que concede proteção às informações de saúde do paciente.

“Tememos que, após a decisão da Suprema Corte sobre Dobbs x Jackson Women's Health Organization que privou as mulheres de seu direito ao aborto, esta informação possa ser usada para colocar em risco a saúde e a liberdade de escolha das mulheres, e colocar elas e seus profissionais de saúde em risco de penalidades criminais”, diz a carta.

A carta também pede que Godsey responda a mais de uma dúzia de perguntas relacionadas às operações da Heartbeat International.

Godsey diz que a carta dos senadores promove uma narrativa fabricada com base em "especulação infundada".

O líder da rede pró-vida também criticou que nenhum dos signatários tenha condenado os inúmeros atos de vandalismo contra centros de gravidez pró-vida nos últimos meses.

“Em vez de encontrar maneiras de ajudar as mulheres a escolher algo diferente ao aborto, eles usaram seus poderes políticos para intimidar aqueles que ajudam as mulheres a tomar decisões reconfortantes para a vida”, concluiu Godsey.

Confira também: