O acompanhamento espiritual é um instrumento importante no caminho da fé, no qual o católico pode procurar um padre ou uma pessoa experiente para ser o seu guia interior e receber orientações sobre suas conquistas e dificuldades espirituais.

Para o psicólogo católico Diego Oga Miranda, mestre em acompanhamento espiritual pela Universidade de Comillas, Espanha, esse tipo de aconselhamento é um processo de amadurecimento baseado no diálogo.

“Através deste diálogo, o objetivo principal é que o acompanhado aprenda a ouvir a voz de Deus... Como o próprio nome diz, o que se faz é acompanhar um processo, não dirigir ou influenciar”, disse.

A pessoa que busca o acompanhamento deve ter em mente que não é um passatempo. Junto com o acompanhante, deve estabelecer uma duração, periodicidade e metodologia.

Oga exortou a não confundir o acompanhamento espiritual com um diálogo pastoral, psicoterapia ou confissão.

Para o especialista, que faz um apostolado juvenil e vocacional na Costa Rica há mais de 15 anos, o acompanhamento espiritual é um elemento fundamental para os jovens, porque estão mais expostos a distrações e tomam decisões importantes.

“Neste processo de escolhas e amadurecimento, é bom que o jovem possa contar com alguém que o acompanhe, que o instrua, que o encoraje e que lhe sirva de instância externa de verificação”, disse.

Encontrar um conselheiro espiritual é algo sério e difícil, pois essa pessoa deve ter uma boa formação e tempo para poder orientar outra. O conselheiro deve ter uma afetividade saudável e uma reta intenção. É ele quem aconselhará nos momentos delicados da vida interior.

Portanto, enquanto não encontra um bom guia espiritual, Diego Oga recomenda fazer boas leituras de formação. Também é possível crescer na vida interior fazendo parte de uma comunidade de fé. Tudo isto deve ser acompanhado pela frequente participação na eucaristia, pela confissão frequente e por uma vida de oração cotidiana, que são os pilares da vida cristã.

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