A assistente do presidente dos EUA Joe Biden, Catherine M. Russell, promotora do aborto e de políticas de gênero a nível internacional, é a nova diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou no dia 10 de dezembro que Rusell sucederá Henrietta H. Fore como diretora executiva. Fore renunciou em julho devido a um problema de saúde familiar.

Russell é atualmente diretora do Escritório de Pessoal Presidencial da Casa Branca e foi embaixadora dos EUA para Assuntos Globais da Mulher de 2013 a 2017.

Em 23 de dezembro, Lisa Correnti, vice-presidente executiva do Instituto Católico para os Direitos Humanos (C-Fam, na sigla em inglês), disse que a embaixada para Assuntos Globais da Mulher durante a administração de Barack Obama e, depois, na de Joe Biden, tornou-se um "escritório conhecido por colaborar com grupos de aborto no exterior".

Russel é vista “como a principal arquiteta de uma estratégia global para as adolescentes que foi emitida pelo Departamento de Estado de Obama, que incluiu ‘saúde e direitos sexuais e reprodutivos’ pela primeira vez em um documento de política dos EUA”, disse Correnti. “O apoio de Russell ao aborto e à política de gênero se alinha com as questões polêmicas que o UNICEF promove entre as crianças em todo o mundo”.

“Russell esteve na vanguarda da promoção do muito controvertisdo termo 'saúde e direitos sexuais e reprodutivos' na política internacional. O termo é usado para promover o aborto e a política LGBT internacionalmente e foi usado pela primeira vez pelo governo Obama sob a liderança de Russell", disse.

Em 2015, ao descrever as negociações sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, Russell garantiu que os EUA visavam priorizar “o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva como parte do objetivo de saúde ... [e] o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e à promoção e proteção dos direitos reprodutivos como parte do objetivo de igualdade de gênero”.

Correnti lembrou que o termo “Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos” é “considerado polêmico em qualquer contexto como um veículo para promover o aborto, a ideologia de gênero e a agenda LGBT”.

“É ainda mais problemático no contexto das políticas para a infância. O termo nunca foi adotado pela Assembleia Geral. É amplamente utilizado por agências internacionais que o definiram para incluir temas de aborto, homossexuais e transgêneros, inclusive pelo governo Biden na política externa dos EUA”, criticou.

Correnti enfatizou que Russell assumirá a liderança do UNICEF "alguns meses depois que a agência lançou uma nova estratégia de três anos que pela primeira vez inclui uma referência à "saúde e direitos sexuais e reprodutivos".

Disse que "a inclusão do termo dá ao UNICEF um mandato tentativo para promover a autonomia sexual e a ideologia de gênero na programação para crianças em todo o mundo".

UNICEF entra em crise de forma recorrente por promover temas polêmicos. Recentemente, segundo informa C-Fam, tiveram que retirar um relatório sobre segurança digital que "concluiu que a pornografia nem sempre pode ser prejudicial às crianças".

UNICEF também foi coautor de um relatório sobre educação sexual integral (ESI) com outras agências da ONU, incluindo o UNFPA e a ONU Mulheres. O relatório colocou "acesso ao aborto seguro" e "orientação sexual e identidade de gênero" como "temas-chave da ESI".

Russell assumirá suas novas funções no início de 2022. Ela é a oitava pessoa a ocupar a direção executiva do UNICEF e a quarta mulher a chefiar esta organização cujo orçamento anual chega a mais de 5 bilhões de dólares.

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