O papa Francisco concluiu, a “maratona” de orações do Terço pelo fim da pandemia nesta segunda-feira, 31 de maio. A maratona foi realizada durante todo o mês de maio em 30 santuários marianos espalhados pelo mundo.

A iniciativa foi inaugurada pelo pontífice na Basílica de São Pedro no dia 1 de maio e concluída pelo próprio na tarde do último dia do mês dedicado a Maria Santíssima nos Jardins Vaticanos. O Papa rezou à Virgem Maria sob a invocação de Nossa Senhora Desatadora de Nós, uma devoção mariana à qual o papa reza desde que era padre.

Quando era sacerdote jesuíta, o papa Francisco estudou na Alemanha. Lá conheceu a imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós. A devoção data do ano 1700, quando o artista Johann Melchior Schmidtner pintou a imagem que se encontra na igreja de São Pedro em Perlach, na diocese de Augsburg, Alemanha. A pintura retrata Nossa Senhora desatando os nós de uma fita branca segurada por dois anjos, rodeada de cenas bíblicas que se referem simbolicamente a imagens de esperança, misericórdia e vitória sobre o mal. Francisco conheceu o título de Maria Knotenlöserin (Maria Desatadora de Nós) e levou para a Argentina estampas com uma oração para distribuir aos fiéis. Como arcebispo em Buenos Aires, o papa espalhou esta devoção e permitiu a construção de igrejas dedicadas à Virgem Desatadora de Nós, devoção que ele diz ser uma de suas preferidas.

“São tantos os nós que pressionam nossas existências e prendem as nossas atividades. São os nós do egoísmo e da indiferença, nós econômicos e sociais, nós da violência e da guerra”, disse o papa ao iniciar a reza do terço na gruta de Lourdes, nos Jardins Vaticanos. “Te pedimos, ó Mãe Santa, desata os nós que nos oprimem material e espiritualmente, para que possamos testemunhar com alegria o teu Filho e nosso Senhor, Jesus Cristo”.

A cada mistério gozoso rezado, pedia-se a Nossa Senhora por um nó a ser desatado. Os nós citados foram: os relacionamentos feridos, a solidão e a indiferença; o desemprego; o progresso humano, que a pesquisa científica é chamada a apoiar; o drama da violência, em particular a que irrompe na família e, por fim, o nó do cuidado pastoral, para que as Igrejas locais possam redescobrir entusiasmo e novo impulso em toda a vida pastoral.

Com a participação de crianças que receberam a primeira comunhão, crismandos e escoteiros de Roma e região, a oração do Terço foi feita diante da imagem pintada por Schmidtner. Depois do Terço, as crianças coroaram a imagem.

Após as ladainhas marianas, o papa Francisco pronunciou uma oração à Virgem Maria:

“Ó Maria, tu sempre resplandeces em nosso caminho como sinal de salvação e esperança. Entregamo-nos a Ti, Saúde dos enfermos, que junto à Cruz estivestes associada à dor de Jesus, mantendo inabalável a tua fé. Tu, que sabes desatar os nós da nossa existência e conheces os desejos de nosso coração, vem em nosso auxílio. Estamos confiantes de que, como em Caná da Galileia, farás com que possa voltar a alegria e a festa a nossas casas, após este momento de provação. Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a conformarmo-nos à vontade do Pai e a fazer aquilo que nos disser Jesus, que assumiu os nossos sofrimentos e carregou as nossas dores para nos conduzir, pela Cruz, à alegria da ressurreição. Amém”

O papa encerrou a cerimônia agradecendo ao Pontifício Conselho para a Nova Evangelização por organizar a “maratona”, aos santuários que aderiram à iniciativa e à diocese de Augsburg, na Alemanha, por ter enviado ao Vaticano o ícone mariano para a ocasião.

O Santo Padre terminou a cerimônia com seu habitual pedido de que os fiéis não se esqueçam de rezar por ele.

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