Ao concluir a Missa do Domingo de Ramos, o Papa Francisco conduziu a oração do Ângelus, em 28 de março, na Basílica de São Pedro, na qual sugeriu imitar a compaixão da Virgem Maria na "Via-sacra diária".

O Santo Padre destacou que entramos na Semana Santa e que “pela segunda vez a vivemos no contexto da pandemia” e acrescentou “no ano passado estávamos mais chocados, este ano estamos mais provados. E a crise econômica se tornou grave”.

“Nesta situação histórica e social, o que Deus faz? Toma a cruz. Jesus toma sua cruz, ou seja, assume o peso do mal que tal realidade implica, o mal físico, psicológico e sobretudo espiritual, porque o Maligno se aproveita das crises para semear desconfiança, desespero e discórdia”, advertiu o Papa.

Nesse sentido, o Santo Padre perguntou: “E nós? O que devemos fazer?" e ele respondeu “a Virgem Maria, a Mãe de Jesus que é também sua primeira discípula, nos mostra. Ela seguiu seu Filho. Tomou sobre si sua própria parcela de sofrimento, de escuridão, de abatimento, e percorreu o caminho da paixão, mantendo a lâmpada da fé acesa em seu coração”.

“Com a graça de Deus, também nós podemos fazer este caminho. E, ao longo da via-sacra diária, encontramos os rostos de tantos irmãos e irmãs em dificuldade: não passemos adiante, deixemos que o coração seja movido à compaixão e nos aproximemos”, pediu o Papa.

Por fim, o Santo Padre reconheceu que neste “momento, como o Cirineu, poderemos pensar: ‘Por que logo eu?’ Mas depois descobriremos o presente que, sem nosso mérito, nos foi dado.”

“Que Nossa Senhora, que sempre nos precede no caminho da fé, nos ajude”, disse o Papa, e depois conduziu a oração do Ângelus em latim.

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