Há alguns dias, a rede BBC publicou uma notícia na qual afirmava que São João Paulo II teve uma “intensa relação” com uma mulher. Um dos jornalistas a bordo do avião papal no voo de retorno do México fez uma pergunta ao Papa Francisco e isto foi o que disse a respeito.
 
Pergunta: Muitos meios publicaram o intercâmbio de cartas entre João Paulo II e a filósofa estadunidense Anna Tymieniecka, que nutria – diz-se – um grande afeto pelo Papa polonês. Na sua opinião, um Papa pode ter uma relação tão íntima com uma mulher? E depois, se me permite, o senhor tem alguma importante correspondência, conhece – ou conheceu – este tipo de experiência?

Papa Francisco: “Isto eu sabia, esta relação de amizade entre São João Paulo II e esta filósofa, quando estava em Buenos Aires: uma coisa que se sabia, também os livros dela são conhecidos, e João Paulo II era um homem inquieto.... Depois, eu diria que um homem que não sabe ter uma boa relação de amizade com uma mulher – não falo dos misóginos, eles são doentes – falta a ele alguma coisa.

E eu, por experiência própria, também quando peço um conselho, peço a um colaborador, a um amigo, um homem, mas também gosto de ouvir o parecer de uma mulher: e te dão tanta riqueza! Olham as coisas de um outro modo.

Gosto de dizer que a mulher é aquela que constrói a vida no ventre e tem – mas esta é uma comparação que eu faço, não? – e tem este carisma de te dar coisas para construir. Uma amizade com uma mulher não é pecado: uma amizade.

Uma relação amorosa com uma mulher que não seja tua mulher, é pecado. O Papa é um homem, o Papa tem necessidade também do pensamento das mulheres. E também o Papa tem um coração que pode ter uma amizade sadia, santa com uma mulher. Existem santos amigos – Francisco, Clara, Teresa, João da cruz…Não se assustem..., mas, as mulheres ainda são um pouco…não bem consideradas, não totalmente…não entendemos o bem que uma mulher pode fazer a vida do padre e da Igreja, no sentido de um conselho, da ajuda, de uma amizade saudável.

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