Depois de rezar o Regina Coeli em 16 de maio, o Papa Francisco lançou um apelo pela paz na Terra Santa após os recentes confrontos armados entre grupos armados na Faixa de Gaza e Israel, que já causou a morte de mais de 120 pessoas, numerosos feridos e a destruição de vários edifícios.

“Em nome de Deus, que criou todos os seres humanos iguais em direitos, deveres e dignidade, e os chamou a viver juntos como irmãos, apelo à calma e, aos que têm responsabilidade, que acabem com o ruído das armas", assim como a "percorrer os caminhos da paz, também com a ajuda da comunidade internacional”, disse o Papa.

Em seguida, o Santo Padre pediu aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, que orem “sem cessar para que israelenses e palestinos encontrem o caminho do diálogo e do perdão, para que sejam pacientes construtores de paz e justiça".

Neste sentido, o Pontífice disse que acompanha “com grande preocupação o que tem ocorrido na Terra Santa”, em particular o aumento dos “ violentos confrontos armados entre a Faixa de Gaza e Israel ” que correm o risco de “degenerar numa espiral de morte e destruição".

“Muitas pessoas ficaram feridas e muitos inocentes morreram, incluindo crianças, e isso é terrível e inaceitável. Suas mortes são um sinal de que as pessoas não querem construir o futuro, mas sim destruí-lo ”, lamentou o Papa.

Além disso, o Santo Padre destacou que “o crescente ódio e a violência que afetam várias cidades de Israel são uma grave ferida à fraternidade e à convivência pacífica entre os cidadãos, que dificilmente terá cura se não nos abrirmos imediatamente ao diálogo”.

Por isso, o Papa perguntou: “aonde o ódio e a vingança vão levar? Nós realmente acreditamos que podemos construir a paz destruindo o outro?

“Rezemos pelas vítimas, especialmente pelas crianças; rezemos à Rainha da Paz pela paz ”, o Papa pediu e rezou em voz alta uma Ave Maria com os  fiéis que assistiram a sua audiência geral neste domingo, 17 de maio.

O Papa referiu-se aos recentes confrontos entre o exército israelense e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, no episódio que foi considerado o pior confronto entre Israel e o Hamas desde 2014. 

Na semana passada, o grupo radical Hamas disparou foguetes contra Jerusalém e outras cidades israelenses, enquanto o exército israelense respondeu com ataques aéreos em Gaza, incluindo edifícios residenciais e escritórios de mídia. 

Além disso, houve incidentes de violência coletiva entre judeus e árabes em outras cidades do país.

Na sexta-feira, 7 de maio, a última sexta-feira do Ramadã, milhares de muçulmanos palestinos entraram em confronto com a polícia na mesquita de al-Aqsa no Monte do Templo. Confronto que causou mais de 150 feridos.

Desde então a violência tem escalado e apesar dos apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) e outros órgãos internacionais, ainda não houve trégua para os ataques.

Por sua parte, o Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, afirmou que “para alcançar a paz é preciso justiça” e alertou que “na medida em que os direitos de todos - tanto de israelenses como de palestinos - não sejam defendidos e respeitados, não haverá justiça e, portanto, não haverá paz na cidade”.

Na audiência geral do domingo passado, 09 de maio, o Papa já havia manifestado preocupação pelos eventos na faixa de gaza e apelou ao diálogo e ao fim da violência.

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