“Não devemos ignorar esta doença, que infelizmente ainda afeta tantos, especialmente em contextos sociais mais pobres”, disse o papa Francisco em mensagem aos participantes do II Simpósio sobre a Doença de Hansen, conhecida como lepra. O evento acontece em Roma sob o título “Não deixar ninguém para trás”.

O papa comparou o trabalho de quem se compromete com esta doença ao do bom samaritano, “que se debruça para curar os mais fracos e restituir-lhes seus direitos negados e a dignidade”.

Para o papa Francisco, “o que deve nos preocupar, hoje mais do que nunca, é que não só a doença pode ser esquecida, mas também as pessoas”.

Francisco disse que “é uma das doenças mais antigas da história humana” e lamentou que “o estigma ligado à hanseníase continua a causar graves violações dos direitos humanos em várias partes do mundo”.

O papa defendeu que “não devemos ignorar esta doença, que infelizmente ainda afeta tantos, especialmente em contextos sociais mais pobres”.

“Será que vamos nos debruçar para tocar e curar das feridas dos outros? Será que vamos nos abaixar para levar às costas o outro? Este é o desafio atual, de que não devemos ter medo”, afirmou.

O papa também pediu para aproveitar o Dia Mundial contra a Hanseníase, celebrado em 30 de janeiro, para “denunciar e procurar corrigir a discriminação que eles causam”.

Para o papa, “a denúncia deve ser sempre acompanhada de uma proposta, como síntese entre o bem que já existe silenciosamente e visões proféticas, capazes de inspirar uma caridade estruturada e uma coexistência mais justa”.

“Devemos nos perguntar, especificamente, como colaborar melhor com as pessoas afetadas pela hanseníase, tratando-as plenamente como pessoas, reconhecendo-as como os principais protagonistas em sua luta para participar dos direitos humanos fundamentais e viver como membros plenos da comunidade”, disse o papa. “As comunidades cristãs deveriam se deixar evangelizar por esses irmãos e irmãs e estar na linha de frente dos esforços para sua plena integração”.

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