Em um “sinal acolhida”, o Papa Francisco levou da Grécia para Roma 12 refugiados sírios no voo papal de volta depois de sua visita apostólica à ilha grega de Lesbos.

Um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) de 15 de abril calculou em 46.450 refugiados estabelecidos em toda a Grécia.

Na ilha de Lesbos, são 4.142 refugiados, superando a capacidade de 3.500. Dos migrantes que chegam à Grécia, 56% são provenientes da Síria.

Em um comunicado divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, foi explicado que o Santo Padre levou no avião papal “três famílias de refugiados sírios, doze pessoas, seis das quais (são) menores”.

O Vaticano explicou que essas pessoas “estavam nos campos de refugiados de Lesbos antes do acordo entre a União Europeia e a Turquia”.

Os líderes da União Europeia e a Turquia assinaram, no mês passado, um acordo para um “plano integral” que permite uma rota legal para os refugiados sírios, em um esforço para reduzir a migração ilegal. O acordo entrou em vigor em 20 de março.

A Sala de Imprensa da Santa Sé disse que a iniciativa do Papa Francisco de levar com ele os refugiados sírios se realizou “através de contatos da Secretaria de Estado com as autoridades competentes, gregas e italianas”.

“Os membros das três famílias são muçulmanos”, assinalou o Vaticano. Duas provenientes de Damasco e uma de Deir Azzor, na área ocupada pelo Estado Islâmico.

“Suas casas foram bombardeadas”, indicou a Santa Sé.

A acolhida e manutenção das três famílias sírias estará “a cargo do Vaticano”, enquanto “a hospitalidade inicial estará garantida pela Comunidade de Santo Egídio”, um grande movimento de leigos dedicados à evangelização e à caridade em Roma.

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