O Papa Francisco falou sobre o suicídio, a realidade da morte e a misericórdia de Deus durante a sua reflexão sobre a Ave Maria, que realiza desde 16 de outubro na televisão da Conferência Episcopal Italiana.

“O suicídio seria como fechar a porta à salvação, mas tenho consciência de que nos suicídios não há plena liberdade. Pelo menos acredito nisso. Ajuda-me o que o Cura d’Ars disse à viúva cujo esposo se suicidou jogando-se de uma ponte em um rio. Disse: ‘Senhora, entre a ponte e o rio está a misericórdia de Deus’. Porque acredito que no suicídio não há uma plena liberdade, mas é a minha opinião", disse o Papa no programa transmitido pela TV 2000.

Em seu diálogo com Pe. Marco Pozza, capelão da prisão de Pádua e jornalista, o Papa Francisco refletiu sobre a passagem "Agora e na hora de nossa morte", da oração mariana.

"O diabo faz Eva acreditar que, se ela comer aquele fruto será como uma deusa que não morrerá. O pecado é a ilusão de nunca morrer. Durante uma vida de pecado, alguém pode dizer que morrerá, mas não pensa nisso. É uma ilusão”, indicou o Santo Padre.

“E assim como a Ave Maria começa com a grande verdade da salvação, termina com a grande verdade da condição humana, fruto do pecado, que entrou no mundo pela inveja do diabo. Esta é a realidade”, acrescentou.

Francisco disse que "não é um momento fácil, mas pensar na morte como fim do caminho é uma realidade, como pensar em Maria cheia de graça é outra realidade".

Nesse sentido, o Papa convidou os fiéis a se entregarem à Virgem Maria no momento da morte. “Pediria a Maria para ficar ao meu lado e me dar paz”, afirmou.

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