“Deixemo-nos amar por Deus para sermos testemunhas críveis de seu amor”, disse o papa Francisco hoje (17) ao receber na sala Clementina, no Vaticano, os membros da Congregação de São José, fundada em 1873 por são Leonardo Murialdo.

“A experiência do amor de Deus marcou profundamente a vida de são Leonardo”, disse o papa Francisco. “Ele convidava seus irmãos a se deixarem amar por Deus em primeiro lugar”.

Francisco disse que este era o segredo do apostolado do santo italiano que, como recordou, evangelizou em meio a um ambiente dominado pela maçonaria.

O papa disse que este convite a se deixar amar por Deus é válido para todos os fiéis “para sermos testemunhas críveis de seu amor”. “Deixemos que seu amor guie nossos afetos, pensamentos e ações. Não as regras, não as disposições", disse.

A Congregação de São José, também conhecida como Josefinos de Murialdo, celebra seus 150 anos em 19 de março. O papa Francisco recordou que, por ocasião desta celebração jubilar, enviou uma carta ao superior geral no ano passado para animá-los a continuar crescendo na "arte de captar as exigências dos tempos e de prover a elas com a criatividade do Espírito Santo".

“O Espírito não pode ser controlado, é Ele quem nos leva adiante. É preciso apenas discernimento e fidelidade”, disse o papa.

Em seu discurso, o papa disse também que são Leonardo Murialdo era “um homem profundamente místico” e sensível às necessidades dos homens e mulheres de seu tempo, “dos quais era um observador atento e um profeta corajoso”.

Isso o levou a dedicar-se especialmente aos jovens trabalhadores, disse o papa Francisco. São Leonardo Murialdo “se tornou um porta-voz da palavra profética da Igreja num mundo dominado por interesses econômicos e de poder, dando voz aos marginalizados”, acrescentou.

Segundo o papa, são Leonardo Murialdo "soube compreender o valor dos leigos na vida e no apostolado do povo de Deus".

O papa destacou "a doçura paterna da caridade" como um dos valores importantes da Congregação de São José e incentivou seus membros a vivê-la entre si e exercê-la diante dos outros.

“Ser como Maria, nossa Mãe: ao mesmo tempo fortes no testemunho e dóceis no amor”, disse Francisco.

"Gostaria de concluir recordando o convite de Murialdo à santidade: 'Tornai-vos santos e fazei-o logo... Porque o santo tem um olhar previdente, humaniza a vida, comunica esperança e confiança e sabe partilhar a sua experiência de que Deus é amor'", concluiu o papa Francisco.

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