Antes da oração do Ângelus deste domingo, depois de ter celebrado a Missa pelo Dia Mundial dos Pobres, o Papa Francisco incentivou a estar sempre vigilantes e prontos para quando o Senhor nos chamar para prestar constas de nossa vida.

Em sua reflexão sobre o Evangelho de Marcos deste domingo, o Santo Padre disse que as palavras de Jesus não são um discurso “um discurso sobre o fim do mundo, mas o convite a viver bem o presente, a vigiar e estar sempre prontos para quando seremos chamados a prestar contas de nossa vida”.

“A luz que naquele último dia resplandecerá será única e nova: será a luz do Senhor Jesus que virá na glória com todos os santos. Naquele encontro veremos, finalmente, o seu Rosto na luz plena da Trindade; um rosto radiante de amor, diante do qual todo ser humano aparecerá em total verdade”, explicou o Santo Padre.

Francisco destacou ainda que a história da humanidade não pode ser “interpretada à luz de uma visão fatalista, como se tudo já estivesse pré-estabelecido segundo um destino que subtrai todo espaço de liberdade, impedindo fazer escolhas que sejam o fruto de uma decisão verdadeira”.

Embora não se saiba quando isso acontecerá, disse o Papa, “sabemos, todavia, um princípio fundamental com o qual devemos nos confrontar: ‘Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão’. O verdadeiro ponto crucial é esse. Naquele dia, cada um de nós entenderá se a Palavra do Filho de Deus iluminou a própria existência pessoal, ou se virou as costas para ela, preferindo confiar nas próprias palavras”.

“Será mais do que nunca o momento de nos abandonarmos definitivamente ao amor do Pai e confiar-nos à sua misericórdia. Ninguém escapa desse momento, nenhum de nós escapa desse momento. A esperteza, que muitas vezes colocamos em nossos comportamentos para dar crédito à imagem que queremos oferecer, não será mais necessária. Da mesma forma, o poder do dinheiro e dos meios econômicos com os quais pretendemos com presunção comprar tudo e todos, não poderá ser mais ser usado”.

O Papa recordou que “não teremos conosco nada além do que realizamos nessa vida, acreditando em sua Palavra: tudo e nada do que vivemos ou deixamos de realizar. Levaremos conosco somente o que doamos, o que oferecemos.”

“Invoquemos a intercessão da Virgem Maria a fim de que a constatação do nosso tempo provisório na terra e de nossa limitação não nos afunde na angústia, mas nos chame à responsabilidade para comigo, o próximo e o mundo inteiro”, concluiu.

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