No final da Audiência Geral de hoje, o papa Francisco lamentou o "agravamento da situação na Ucrânia" e pediu a todos que façam um dia extraordinário de jejum e oração pela paz na próxima quarta-feira de cinzas, 2 de março.

“Tenho uma grande tristeza no coração pelo agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, estão a abrir-se cenários cada vez mais alarmantes. Como eu, muitas pessoas em todo o mundo estão a sentir angústia e preocupação. Uma vez mais a paz de todos é ameaçada por interesses de partes”, disse o papa.

Francisco fez um apelo “a quantos têm responsabilidades políticas para que façam um sério exame de consciências perante Deus, que é o Deus da paz e não da guerra, que é o Pai de todos e não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos e não inimigos”.

“Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional”, disse o papa.

Francisco falou “a todos, crentes e não-crentes” porque “Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum.”.

“Convido todos a fazer no próximo dia 2 de março, quarta-feira de Cinzas, um dia de jejum pela paz. Encorajo de modo especial os crentes a fim de que naquele dia se dediquem intensamente à oração e ao jejum.”

Que "a Rainha da paz preserve o mundo da loucura da guerra", disse.

O papa Francisco expressou em muitas ocasiões sua preocupação com a situação na Ucrânia. Na quarta-feira, 26 de janeiro, ele convocou um dia de oração pela paz.

Anteriormente, em 23 de janeiro, depois da oração dominical do Ângelus diante de numerosos fiéis reunidos na praça de São Pedro, disse: "Acompanho com preocupação o aumento das tensões que ameaçam infligir um novo golpe à paz na Ucrânia e põem em questão a segurança do continente europeu, com repercussões ainda mais vastas”.

Naquela ocasião, o papa fez "premente apelo a todas as pessoas de boa vontade para que elevem orações a Deus Todo-Poderoso, a fim de que todas as ações e iniciativas políticas sirvam a fraternidade humana e não os interesses partidários".

“Aqueles que perseguem os próprios objetivos em detrimento dos outros desprezam a sua vocação de seres humanos, porque todos nós fomos criados irmãos.”, disse então o papa.

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