O padre polonês Jan Macha, morto pelos nazistas em 1942, será beatificado no dia 20 de novembro na catedral de Cristo Rei, em Katowice, na Polônia pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro.

Macha, conhecido como Hanik, foi ordenado sacerdote meses antes dos alemães invadirem a Polônia em 1939. Macha ofereceu ajuda às famílias que perderam entes queridos nos combates e integrou um grupo clandestino chamado “Konwalia” (Lírio dos vales).

A Gestapo, polícia secreta da Alemanha nazista, prendeu o padre em 5 de setembro de 1941 em uma estação de trem em Katowice, na Alta Silésia. O padre Macha foi condenado à morte em 17 de julho de 1942 e executado na guilhotina, em uma prisão em Katowice, às 12h15 do dia 3 de dezembro de 1942. Ele tinha 28 anos quando morreu e havia servido 1.257 dias como sacerdote. Seu corpo nunca foi encontrado.

“A beatificação é, sem dúvida, um evento muito importante para a nossa Igreja local. Estou feliz que nosso Hanik seja proclamado beato. Ele esperou muito tempo por isso, e nós também”, disse o arcebispo de Katowice, dom Wiktor Skworc.

Macha foi o tema do documentário “Sem uma árvore, um bosque continuará um bosque”, dirigido por Dagmara Drzazga, em 2011. O título faz referência a uma frase do padre Hanik em uma carta escrita à sua família, pouco antes da sua execução.

A causa de beatificação de Jan Macha foi inaugurada em 2013. A etapa diocesana foi concluída em 2015 e enviada a Roma. O papa Francisco emitiu um decreto reconhecendo-o como mártir no dia 29 de novembro de 2019.

A beatificação estava originalmente programada para o dia 17 de outubro de 2020, mas foi adiada devido às medidas de combate à pandemia. O porta-voz da arquidiocese de Katowice, padre Tomasz Wojtal, disse: “Queríamos esperar até que todos os fiéis que desejassem participar da cerimônia pudessem estar presentes”.

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