Um padre está sendo investigado por suspeita de roubo de objetos religiosos em uma capela no distrito de Mina Brejuí, em Currais Novos (RN). Padre Marcio de Lima Pacheco, que faz parte do clero da diocese de Humaitá (AM) e estava atuando na diocese de Caicó (RN), foi afastado do ministério sacerdotal durante as investigações.

A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na quinta-feira, 12 de agosto, na casa do padre. Em nota, informou que um “inquérito policial que apura a subtração de objetos sacros da Igreja Católica local” tramita na delegacia municipal de Currais Novos e que a investigação está sob sigilo.

O delegado titular da delegacia municipal de Currais Novos, Paulo Ferreira, disse ao site O Povo que, durante a pandemia, o padre “ia até essa capela sem ninguém”. “Algumas peças de outras igrejas foram encontradas escondidas na capela”, afirmou. Segundo o site, na capela foi apreendido um saco com materiais sacros e, em outras buscas, foram encontrados um crucifixo, um missal em latim e um ostensório.

Por causa desta investigação, dom Antônio Fontinele de Melo, bispo de Humaitá (AM), diocese na qual o sacerdote é incardinado, decretou que “fica proibido do exercício de suas funções ministeriais, por tempo indeterminado, o Pe. Marcio de Lima Pacheco”. Segundo o bispo, a medida é cautelar e tem o “intuito de evitar escândalo para a Igreja Particular de Humaitá”.

No decreto, datado de 13 de agosto, dom Antônio Fontinele afirmou que a acusação de furto pela qual o padre é investigado “não convém à dignidade do estado clerical”.

Com este afastamento, o sacerdote “não exercerá os seus serviços sacramentais e administrativos”, enquanto a investigação policial está em andamento. Conforme o resultado da investigação, disse o bispo, “serão encaminhados os procedimentos canônicos necessários”.

Após o decreto da diocese de Humaitá, o bispo de Caicó, dom Antonio Carlos Cruz Santos, revogou o uso de ordens concedido ao padre Marcio de Lima Pacheco.

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