Padre Antonio María Domenech Guillén da diocese de Cuenca, Espanha, explicou o que os católicos podem fazer quando os bispos não “são potáveis”, comparando os bispos que não ensinam corretamente a doutrina à água imprópria para beber.

“Acabaram de dizer na cidade, há poucos dias, que a água não é potável. Então, se eu quiser beber essa água, acho que não vou morrer, mas posso ficar doente e, de qualquer forma, eles vão me dizer: 'Você é bobo, deveria ter comprado garrafa de água ou pegar da fonte que prepararam para isso'. E todo mundo sabe disso e está avisado", disse o padre em um vídeo publicado em sua conta no Twitter.

 

“A mesma coisa acontece com a doutrina cristã. Quando mal explicada, não é potável”, disse o padre.

Como exemplo, ele lembrou o caso de “um bispo que disse que Jesus Cristo morreu como leigo e sem nenhum sacrifício por nada. Bem, creio que o sacrifício da cruz é um sacrifício eterno”.

“É por isso que a Bíblia lhe diz: tu és um sacerdote eterno segundo o rito de Melquisedeque. E todos sabem que a missa é o sacrifício que perpetua a morte de Cristo na cruz. É por isso que esse ensinamento desse bispo não é potável”, continuou.

Embora o padre não tenha mencionado o nome, foi o arcebispo de Lima, Peru, dom Carlos Castillo, que, em dezembro de 2021, disse: "Jesus não morre fazendo um sacrifício de um holocausto, Jesus morre como um leigo assassinado, Ele decide não responder com vingança e aceita a cruz para nos dar um sinal de vida".

Domenech advertiu que "se você quiser escutá-lo, então sua fé ficará doente ou talvez, quem sabe, sua fé morra, mas nunca o escute porque isso é senso comum, como com a água".

O padre espanhol também disse em seu vídeo que “o sensus fidei ou o sentido do povo sabe o que pertence à fé e o que não pertence. E a fé, ou você a tem todo ou não tem."

Domenech falou depois de “um cardeal que acaba de dizer que podemos duvidar do catecismo. Bem, se você quer duvidar do Catecismo, duvide, mas você está duvidando da doutrina cristã. Há um problema".

“Primeiro, cale, reze e se não recuperar essa segurança na fé, é melhor que não explique nada. E as pessoas que quiserem escutar você, estarão seguindo uma doutrina que é sua e não é potável”, disse.

O arcebispo de Munique e ex-presidente da Conferência Episcopal Alemã, cardeal Reinhard Marx, disse em 31 de março que “o catecismo não está gravado em pedra. Também é permitido duvidar do que ele diz”.

O cardeal falou do catecismo em resposta a uma pergunta sobre “como as pessoas homossexuais, queer ou trans devem ser acomodadas no ensino católico”.

Padre Domenech disse: “em tempos de desolação, não fazer mudança. Continuamos como sempre e deixamos que digam o que quiserem. Que agora eles querem essa novidade porque assim são mais famosos ou porque no fundo perderam suas verdadeiras raízes cristãs. Então, rezamos por eles e nada mais”.

“Mas não vamos seguir o que dizem. Não tem problema. Não podemos beber água não potável”, concluiu.

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