Na terça-feira, 8 de dezembro, enquanto a Igreja no mundo todo celebrava a Solenidade da Imaculada Conceição e a abertura do Ano da Misericórdia, em Maranguape (CE), Arquidiocese de Fortaleza, os fiéis tinham um motivo a mais para comemorar: os 70 anos de ordenação sacerdotal de Monsenhor Mauro Herbster, um testemunho de vida doada aos irmãos.

No dia em que o Papa Francisco abriu o ano da Misericórdia, aqui em #Maranguape comemoramos com uma Missa em ação de gra...

Posted by Dadynha Saturnino on Terça, 8 de dezembro de 2015

Monsenhor Mauro Herbster é cearense, natural de Maranguape, nascido em uma família católica e atualmente tem 94 anos de idade. Quando jovem, estudou no colégio dos Irmãos Maristas e entrou para o Seminário, tendo sido ordenado em 8 de dezembro de 1945.

Conterrâneo deste sacerdote, Padre Rafhael Maciel, Reitor do Seminário Propedêutico da Arquidiocese, esteve presente na Missa em ação de graças pelo aniversário de ordenação. Para ele, o Mons. Herbster, em suas sete décadas como padre, é um testemunho da misericórdia divina, com “seu zelo pela salvação das almas”.

“Ele nunca faltava a unção dos enfermos aos fiéis e, de modo particular, aos agonizantes. A qualquer hora do dia que o chamassem, mesmo que fosse à noite ou de madrugada, o Monsenhor ia, para que uma pessoa não morresse sem a santa unção”, conta.

Esta especial atenção dada aos enfermos foi relata pelo próprio Monsenhor, em 2012, em uma entrevista ao site Tribuna do Ceará, quando expressou a “alegria de nunca ter deixado um enfermo morrer sem ser sacramentado, sem receber a confissão. De forma que todos, graças a Deus, puderam ser atendidos”.

De acordo com Padre Rafhael, Monsenhor Mauro também é um modelo de padre confessor. “Passava horas no confessionário, todos os dias. Nas comunidades onde ia celebrar, ele chegava bem antes da Missa e ali, antes da Celebração da Eucaristia, atendia inúmeras confissões. É um padre que deu muito do seu ministério ao sacramento da Reconciliação”.

Além disso, sempre demonstrou “amor e o zelo pela Eucaristia” e também unidade com a Igreja, “na reverência ao Bipo diocesano, na obediência às normas diocesanas e da Igreja Católica”.

“É um testemunho vocacional que arrastou muitas vocações para o Seminário”, sublinha Pe. Rafhael, sendo ele mesmo uma dessas vocações despertadas pelo Monsenhor Mauro.

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“Sou um dos últimos frutos vocacional do ministério paroquial do Monsenhor aqui na nossa Paróquia de Maranguape. Ele me batizou ainda quando eu era recém-nascido, me enviou para o seminário e depois, na minha primeira Missa, foi quem proclamou a homilia”, relembra.

Para a cidade de Maranguape, este sacerdote de longos anos dedicados ao povo representa muito sobre aquele local. Pe. Rafhael afirma que o Monsenhor é “um filho muito querido” deste município.

Monsenhor Mauro Gurgel Braga Herbster - Um homem Santo!Missa em comemoração do seu aniversário de 70 anos de vida Sacerdotal, em 08/12/15.Video Dadynha Saturnino

Posted by Dadynha Saturnino on Quarta, 9 de dezembro de 2015

“Ele mesmo disse ontem na Missa: ‘sinto que sou muito amado por esse povo e quero que esse povo saiba que eu também o amo muito’”, conta o Reitor.

De acordo com ele, entre os motivos para este carinho recíproco está o fato de Mons. Mauro ter doado “a própria vida pelo povo daquele lugar”. “Ele foi pároco em Maranguape por 31 anos, sendo a última Paróquia pela qual passou entre as muitas em que esteve na Arquidiocese de Fortaleza. Ali pôde exercer seu ministério sacerdotal com muita profundidade, com muita graça”, pontua.

Por isso, a celebração das sete décadas de sacerdócio, ontem, contou com grande participação dos fiéis, que lotaram a Igreja de Nossa Senhora da Penha, em celebração que teve a presença do Vigário Geral da Arquidiocese, Mons. João Jorge Corrêa Filho, representando o Arcebispo, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques.

“É uma profunda alegria para o povo daquela Paróquia, pessoas que foram batizadas, que tiveram o casamento abençoado por ele, que receberam os sacramentos das mãos dele, que foram cuidadas e pastoreadas por ele várias vezes. A Igreja ficou lotada para dizer a Deus muito obrigado, porque 70 anos de sacerdócio, diga-se de passagem, não é todo mundo que chega lá, não!”, conclui Pe. Rafhael.