Padre Hugo Valdemar, cônego penitenciário da Arquidiocese do México, assinalou que "tendemos a pensar que as gerações mais jovens estão cada vez mais progressistas", mas isso não significa necessariamente que sejam mais favoráveis ​​ao aborto ou à ideologia de gênero.

Em sua coluna intitulada "Jovens, motivo de esperança" no jornal mexicano ‘ContraRéplica’, Pe. Valdemar disse que "os jovens, vítimas do caótico mundo pós-moderno, de famílias disfuncionais e indivíduos alienados, anseiam um retorno às antigas estruturas familiares e sociais e aos valores sólidos e claros do passado".

Citando uma pesquisa realizada nos EUA em janeiro deste ano pela The Polling Company para Students for Life, o sacerdote mexicano observou que "uma amostra de homens e mulheres de dezoito a trinta e quatro anos revela que a maior parte dos millennials norte-americanos é favorável a uma maior rigidez na legislação do aborto".

"Os dados oferecidos pela pesquisa são bastante alentadores: 42% dos entrevistados se opuseram ao aborto legal e 28% pediram mais restrições, por exemplo, exigir o consentimento dos pais para menores de idade ou proibir o financiamento público do aborto".

"Isso mostra que 70% dos jovens norte-americanos estão insatisfeitos com as leis criminais e desumanas do aborto em seu país, considerando-as muito laxas", acrescentou.

No entanto, assinalou: "Aqui no México, continua a intenção perversa do partido Morena de legalizar o aborto em todo o país e usurpar a autoridade dos pais sobre seus filhos, além de penalizar toda defesa da vida em um ataque contra a liberdade de consciência e expressão".

Para Pe. Valdemar, os políticos "pressionados por lobbies internacionais e pela ONU, tornam-se propensos à legislação pró-aborto, mas a maioria é pressionada pela intenção de voto, pois pensam que grande parte da população e principalmente os jovens são partidários disso”.

"No entanto, a pesquisa citada revela algo cada vez mais irrefutável: o abismo que há entre a sociedade e os partidos que afirmam representá-la".

Embora "seja necessário fazer um estudo sério no México para ver as tendências de nossa juventude", disse o sacerdote, "acho que não diferiria muito dos jovens norte-americanos".

Pe. Valdemar enfatizou que "as legislações liberais, cada vez mais agressivas contra a família e a vida humana devem ser freadas e encontrar nossa clara e aberta oposição".

"O divórcio, o aborto, a eutanásia, a promoção da libertinagem sexual, o ataque à maternidade e à paternidade, a promoção do egoísmo e o relativismo encontraram suas vítimas na geração mais jovem que agora começa a se rebelar contra este desastre que prometia liberdade e felicidade e que só trouxeram devastação moral e afetiva das novas gerações", assegurou.

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