Organizações que defendem a família no México denunciaram um pacote de reformas constitucionais antivida e antifamília que poderia ser aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados do Congresso da União, órgão legislativo federal.

Numa mensagem publicada na imprensa local, 181 organizações advertiram que "com uma pressa incomum, alguns legisladores querem mudar a constituição de todos os mexicanos sem consultar o povo".

“Dentro de um pacote de 48 iniciativas de reforma constitucional, agrupadas sob o nome de 'Igualdade Substantiva e Gênero', na próxima terça-feira, 23 de novembro, na comissão de Pontos Constitucionais e na quinta-feira, 25 deste mês, no plenário da Câmara dos Deputados, querem aprovar esta iniciativa que representa o maior retrocesso do país contra a vida, a família e as liberdades fundamentais”, diz o documento. “No pacote há iniciativas com embrulhos chamativos”, mas que “contêm graves ameaças à liberdade de expressão, à inocência das crianças, às mulheres e à família”.

As organizações signatárias alertam que “se pretende introduzir o termo ‘autonomia reprodutiva’, usado pelo feminismo radical para ocultar e justificar o aborto”.

“Lembremos que a reprodução humana não é autônoma, mas por natureza requer a participação da parte masculina e feminina”, destacaram. “O conteúdo de ‘Igualdade substantiva e de gênero’ não é a favor das mulheres, é a favor do aborto!”

A reforma "remove a inocência das crianças da Constituição, porque sob o termo ‘educação sexual integral’ a ideologia de gênero é introduzida desde a mais tenra idade", diz a mensagem.

A reforma também quer “violar duas liberdades fundamentais: a liberdade de expressão e de religião, em violação dos tratados internacionais, já que restringiriam pronunciamentos em favor da família natural”, segundo as organizações.

“Sob o pretexto da não-discriminação, pretendem redefinir o casamento, pois eliminariam a nota característica da complementaridade entre mulher e homem. O casamento entre uma mulher e um homem não deve ser considerado discriminação, fazer isso é obedecer a uma agenda ideológica”, disseram.

As 181 organizações signatárias disseram que “todos somos a favor de que haja a melhor igualdade entre homens e mulheres, bem como que sejamos todos iguais perante a lei”.

“Mas não podemos concordar com que, sem nenhuma consulta, de costas para o povo, queiram impor a ideologia do gênero, do aborto e da restrição da liberdade de expressão e religião no México”, disseram.

Uma campanha lançada por meio da plataforma Actívate reuniu mais de cinco mil assinaturas em repúdio às reformas constitucionais. Para participar, ingresse AQUI.

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