A federação europeia One of Us (Um de nós) criticou o pedido do presidente da França, Emmanuel Macron, de pôr o aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

Em comunicado, One of Us disse que "a presidência francesa da UE pretende transformar o futuro da Europa no túmulo dos direitos humanos, excluindo da Carta o direito à vida".

A presidência do Conselho da União Europeia é exercida em regime rotativo entre os países membros e de janeiro a junho de 2022 é a vez da França.

Em mensagem aos membros do Parlamento Europeu em 19 de janeiro, Macron disse que a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, proclamada no ano 2000, seja atualizada para, entre outras coisas, reconhecer o “direito ao aborto”.

One of Us, que representa mais de 40 associações e milhares de cidadãos, disse que se manifesta "em defesa dos mais fracos, do feto, e recorda à presidência francesa do Conselho da União Europeia o valor insuperável da vida e da dignidade de todo ser humano”.

"O futuro da Europa não pode se basear de forma alguma no direito ao aborto sem risco de extinção", disse.

Para a federação europeia, o " reconhecimento do aborto como um suposto e falso direito em um texto de referência da União Europeia, um texto com valor de tratado juridicamente vinculante, constituiria uma importante ruptura não só com o projeto dos pais fundadores, mas também uma intolerável ingerência na soberania nacional dos Estados-Membros num assunto tão sensível como o direito à vida e num ataque à própria identidade da civilização europeia”.

A União Europeia, disse One of Us, é “fundada na dignidade inalienável da pessoa humana e na liberdade”.

One of Us lembrou que “a sociedade civil europeia já demonstrou, através da Iniciativa Cidadania Europeia realizada em 2014, que recolheu 2 milhões de assinaturas, que o direito à vida é o principal direito fundamental a proteger em qualquer sociedade”.

“A Federação Europeia One of Us se mobiliza e apela à mobilização das organizações da sociedade civil e dos cidadãos europeus contra um projeto que nos apresenta como um direito a aniquilação e eliminação de seus futuros filhos. Cada ser humano é Um de Nós”, concluiu.

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