“O cristão não pode desprezar nenhuma etapa da vida e nós temos que cuidar uns dos outros”, disse o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, na 1ª Romaria Nacional da Família e da Vida ao Santuário de Aparecida (SP).

O encontro aconteceu nos dias 4 e 5 de fevereiro e contou com a participação de aproximadamente 200 membros da associação dos médicos católicos, da comissão de bioética da CNBB, representantes de regionais que trabalham no serviço à vida, e alguns padres, diáconos e religiosas que atuam como assessores.

Segundo dom Ricardo Hoepers, essa “é a primeira vez” que a comissão para a vida e a família da CNBB se reúne “presencialmente com os cooperadores do serviço à vida” em uma “romaria com foco exclusivamente na vida”.

Ele destacou que o campo de trabalho da comissão sobre “defesa, promoção e cuidado” da vida foi dividido em “três eixos: início da vida, final da vida, ou seja, da concepção até o seu fim natural, e um terceiro eixo muito importante, o de políticas públicas que qualificam e garantem o direito à dignidade da vida”. Os três eixos foram os temas abordados nas palestras da romaria.  

A doutora em bioética, graduada em teologia e membro da comissão de bioética da CNBB, a médica Maria Emília Oliveira Schpallir, falou sobre “o início da vida”. O especialista em geriatria e cofundador da pastoral da pessoa idosa da romaria, o médico João Batista Lima Filho comentou sobre o “fim da vida”. O tema das “políticas públicas” foi debatido uma mesa redonda.

No último dia do encontro, dom Ricardo Hoepers celebrou a missa no altar central do Santuário de Aparecida. Em sua homilia, lembrou que “nesta primeira romaria pela vida e pela família” foi falado sobre o dever de “cuidar, defender e promover a vida desde a concepção no ventre da mãe até o último suspiro” da vida, e que também é preciso “cuidar das pessoas que estão do nosso lado”.

“Nós temos que cuidar uns dos outros. Você está cuidando bem daqueles que Deus confiou para você?”, perguntou dom Ricardo aos presentes.

“Que a nossa casa seja um santuário da vida e que o nosso lar seja uma igreja doméstica e que todas as nossas comunidades possam defender, promover e cuidar da vida, desde a concepção até o fim natural”, concluiu.

 

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