A Justiça da Nicarágua condenou por conspiração o padre Oscar Benavidez, pároco da paróquia Espírito Santo, em Mulukukú. Ele está preso desde agosto de 2022.

Segundo o jornal nicaraguense 100% Noticias, a juíza Nancy Aguirre, de Manágua, declarou padre Oscar Benavidez Dávila culpado pelos crimes de “conspiração para minar a integridade nacional” e “propagação de notícias falsas”.

A promotoria pede uma pena de oito anos de prisão para o sacerdote.

A denúncia contra o padre aconteceu em setembro de 2022. Ele já tinha passado 42 dias detido na Direção de Assistência Judiciária (DAJ) de Manágua, prisão conhecida como El Chipote, e famosa como centro de tortura dos opositores do presidente Daniel Ortega, ex-líder guerrilheiro de esquerda que soma 29 anos no poder no país.

O padre foi preso em 14 de agosto, depois de celebrar missa.

Na ocasião, a diocese de Siuna publicou um comunicado dizendo que não sabia “as causas ou motivos de sua prisão”.

Também pediu orações pelo padre, cuja "única missão é e tem sido anunciar a boa nova de Jesus Cristo, que é a palavra de vida e salvação para todos".

Segundo a defesa do padre, o seu "crime" seria ter manifestado a sua opinião em uma publicação nas redes sociais.

O jornal nicaraguense La Prensa informou que padre Benavidez foi transferido em outubro para o Sistema Penitenciário Jorge Navarro, prisão conhecida como “La Modelo”, em Tipitapa.

Há nove sacerdotes nicaragüenses acusados de "conspiração", entre os quais o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez. O processo contra o bispo começou no último dia 10.

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