"Não há maior amor do que dar a vida pelos outros", citou o papa Francisco às Irmãs do Serviço Social, que recebeu na manhã de hoje (20), no Vaticano, por ocasião do centenário da fundação da ordem.

Em seu discurso às religiosas, o papa disse que “os dons do Espírito têm uma vida sempre nova e em cada circunstância de tempo e de lugar se regeneram e se reinventam, enquanto permanecem fiéis à sua raiz”.

O papa citou irmã Margit Slachta, fundadora das Irmãs do Serviço Social. Durante a Segunda Guerra Mundial, as irmãs desta sociedade salvaram mais de 2 mil judeus. O papa disse ser impressionante a sua “afirmação durante o holocausto, de que os preceitos da fé obrigavam as irmãs a proteger os judeus, correndo o risco de suas próprias vidas”.

“É uma verdade que nos custa admitir: muitos mártires morreram pela fé, não por causa da negação de uma simples liberdade para adorar seu Deus, mas pela coerência de vida que essa fé lhes impôs e, consequentemente, pela defesa da liberdade, da justiça e da verdade”, afirmou o papa.

Francisco citou também são João Batista, a quem descreveu como “um mártir da Verdade com letra maiúscula”.

O papa disse que “os tempos atuais também são assim, e hoje, como então, o chamado para ser testemunhas continua a ser atual”.

“Como seria bonito se as palavras da fundadora Margit ressoassem em seus corações com a mesma intensidade que certamente ressoaram nas primeiras irmãs”, disse o papa.

Segundo Francisco, suas próprias palavras “são um incentivo para vocês, ensinando-lhes a enfrentar os desafios sociais, como elas fizeram contra o nazismo, com a única arma da caridade”.

“A caridade social, que recordei na encíclica Fratelli tutti, e que permeia os escritos de Margit Slachta, é a prova desta perene novidade”, concluiu o papa.

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