No domingo, 27 de março, milhares de católicos saíram em procissão em várias cidades da Colômbia, em direção às principais praças, para rezar os quatro mistérios do rosário e pedir "perdão a Deus pelo abominável pecado do aborto", disseram os organizadores.

O evento "Primeira Grande Marcha pela Vida em Oração: Um Grito ao Céu" foi convocado por Rádio Maria Colômbia, Mater Fátima, Movimento de Católicos Solidariedade, Missão pelo Amor de Deus em Todo o Mundo e ABC Prodein.

Participaram católicos das cidades de Bogotá, Cali, Medellín, Bucaramanga, Manizales, Neiva Sincelejo, Santa Rosa del Sur Bolívar, Corozal e Santa Rosa de Osos (Antioquia).

Os milhares de participantes vestiam camisetas com imagens da Virgem Maria e de Jesus Cristo e seguravam terços e bandeiras com o rosto da Mãe de Deus.

Em Bogotá, milhares de pessoas saíram às 10h (hora local) em procissão do Parque Nacional até a Praça de Bolívar. Ao chegar, rezaram os quatro mistérios do rosário de joelhos, sendo guiados por líderes dos grupos católicos que estavam em um palco.

A oração foi até 15h30, terminando com a oração do terço da Divina Misericórdia e das ladainhas à Virgem Maria.

Um comunicado compartilhado com a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, por Samuel Ángel, porta-voz do movimento nacional Exército Pró-vida, que participou da marcha, disse que o dia de oração é uma “resposta à declaração da Corte Constitucional que depois de legitimar o assassinato de crianças até o sexto mês de gestação comunica que é 'guardiã da constituição e que suas decisões devem ser acatadas'”.

Em 21 de fevereiro, a Corte Constitucional colombiana despenalizou o aborto até seis meses ou 24 semanas de gravidez. Estabeleceu que essa prática "só será punível quando for realizado após a vigésima quarta semana de gestação e, em todo caso, esse prazo não se aplicará aos três casos estabelecidos na sentença C- 355 de 2006"

Isso significa que o aborto não será crime punível até a 24ª semana de gravidez, e que continua vigente a decisão da Corte Constitucional de 2006 que descriminaliza a prática para casos de estupro, malformação do bebê ou perigo para a vida da mãe, mesmo depois do prazo estabelecido.

“Não aceitamos o aborto induzido em nenhuma de suas formas, que a Corte legitimou. Não aceitamos as reformas constitucionais expressas que a Corte vem revogando”, afirmou a mensagem de Exército Pró-vida.

“Não é aceitável que devido às reformas constitucionais expressas da Corte haja um crescimento de pedidos de aborto promovendo um verdadeiro genocídio. O povo católico aceitou o pedido de Fátima para defender a vida e a família contra as tendências que promovem a morte e as ideologias totalitárias”, acrescentou.

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