O papa Francisco enviou uma mensagem ao bispo de Rimini, dom Francesco Lambiasi, por ocasião do encontro "Amizade entre os povos" que acontecerá em Rimini, Itália, de 20 a 25 de agosto sobre o tema “Uma paixão pelo ser humano".

A mensagem, assinada pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, comenta a parábola do Bom Samaritano: "a fé enche o reconhecimento do outro de uma motivação inédita, porque quem crê pode vir a reconhecer que Deus ama todo ser humano com um amor infinito e, portanto, concede-lhe uma dignidade infinita”.

A mensagem destaca a “fragilidade dos tempos em que vivemos”, a “solidão vivida durante a pandemia” e fala daqueles que “tiveram que abandonar tudo para fugir da violência da guerra".

“A nossa existência está intimamente ligada à dos outros e a relação com o outro é a condição para nos tornarmos plenamente nós mesmos e dar frutos”, diz a mensagem.

“No embate de todos contra todos, onde o egoísmo e os interesses partidários parecem ditar a agenda na vida dos indivíduos e das nações, como é possível olhar para quem está ao nosso redor como um bem a ser respeitado, valorizado e cuidado?”, questiona a mensagem.

“A pandemia e a guerra parecem ter alargado o abismo, atrasando o caminho para uma humanidade mais unida e solidária”, diz.

“Ao nos dar a vida, Deus se entregou de alguma forma para que nós, por nossa vez, nos entregássemos aos outros”, diz a mensagem.

Na mensagem, o papa exorta a buscar “um amor pelo outro pelo que ele é: uma criatura de Deus, feita à sua imagem e semelhança. Portanto, dotada de uma dignidade intangível, da qual ninguém pode dispor ou, pior, abusar”.

“Quanta necessidade os homens e mulheres do nosso tempo têm de encontrar pessoas que não dão lições da sacada, mas descem para as ruas a fim de partilhar a fadiga cotidiana da vida, sustentados por uma esperança confiável!”, conclui a mensagem.

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