A Marcha pela Vida em Fortaleza (CE) chega a sua 13ª edição com formato diferente. Por causa das medidas sanitárias impostas contra a pandemia de covid-19, os defensores da vida da capital cearense farão uma marcha itinerante, visitando sete instituições que apoiam pessoas em situação de vulnerabilidade de 22 a 24 de novembro.

A marcha é promovida anualmente pelo MOVIDA – Movimento pela Vida e Não Violência, uma instituição sem fins lucrativos, suprapartidária e suprarreligiosa, que visa divulgar a defesa da vida desde a concepção até a morte natural. A marcha conta com a parceria do Movimento Brasil sem Aborto. “Costumamos fazer a Marcha pela Vida como uma espécie de mobilização das pessoas em favor da vida para não deixar essa pauta cair no esquecimento”, disse a coordenadora da marcha, Catarina Rochamonte.

Segundo ela, nas edições anteriores a marcha foi realizada “como uma passeata pelas ruas da cidade, com grande número de pessoas carregando cartazes, com discursos”. Em 2020, por causa das limitações impostas devido à pandemia de covid-19, “não foi possível realizar e decidimos fazer um evento on-line, que foi um sucesso”, pois, “mesmo em nossas casas, o público manteve-se firme no propósito de defender vidas”.

Neste ano, os organizadores decidiram voltar às ruas. Mas, como as medidas sanitárias ainda estão em vigor, “para evitar causar aglomeração, optamos pelo formato itinerante”, disse Rochamonte. A coordenadora contou que “um grupo reduzido de pessoas fará visitas a instituições que desenvolvam trabalhos ligados à causa pró-vida, seja contra o aborto, como também nos cuidados da infância, adolescência, da mulher gestante”. Segundo ela, foram escolhidas “algumas instituições reconhecidas pela qualidade do trabalho que realizam”.

No dia 22 de novembro, visitarão, às 9h, a Associação Peter Pan, entidade sem fins lucrativos que atua no apoio a crianças e adolescentes com câncer; às 14h, irão ao Lar Santa Mônica, um projeto social da Associação Beneficente dos Agostinianos Recoletos de Fortaleza, de acolhimento institucional para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos vítimas de violência sexual ou em grave risco de padecê-la. No dia 23, às 9h, visitarão o abrigo infantil Casa de Jeremias, que acolhe crianças de zero a cinco anos abandonadas ou vítimas de maus-tratos; às 14h, a visita será à Casa Luz, uma associação sem fins lucrativos que apoia mulheres em situação de vulnerabilidade diante de uma gravidez não planejada. No último dia da marcha, 24, às 9h será realizada visita a Obra Lumen, que acolhe adultos em vulnerabilidade social; às 9h, visitarão o CHAMA, Centro Humanitário de Amparo à Maternidade, que acolhe mulheres gestantes que vivem em situação de vulnerabilidade social garantindo uma gestação saudável e segura para mamãe e bebê; e, às 14h, o Lar Batista, que acolhe crianças vítimas de violência, abandono e entrega espontânea.

No dia 24 de novembro, durante a visita a CHAMA, estará presente o promotor Dairton de Oliveira, responsável pelo Programa Anjos da Adoção. Ele falará sobre a importância da adoção.

Segundo Catarina Rochamonte, nas visitas, a marcha vai “coletar testemunhos de pessoas atendidas, membros das instituições para depois fazer um vídeo. Também entregaremos um certificado de mérito. Será uma forma de divulgarmos a nossa causa em defesa da vida e também o trabalho realizado por essas instituições”, disse.

“Então, este será nosso principal objetivo com a marcha, conscientizar as pessoas sobre o valor da vida seja, do bebê em gestação, da criança, do adolescente... queremosmostrar que todas as vidas importam”, disse Rochamente. Além disso, ressaltou que buscam também “mostrar que não esquecemos a mulher, pois muitos acusam os defensores da vida de proteger apenas o bebê. Isso não é verdade. Por isso, visitaremos instituições de atendimento à mulher grávida em situação de vulnerabilidade”, acrescentou.

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