O papa Francisco afirmou que o mar “Mediterrâneo se tornou o maior cemitério da Europa” e invocou “uma humanidade mais cuidadosa que derrubará o muro da indiferença”, ao lamentar os naufrágios que vêm ocorrendo na região que separa a Itália do continente africano.

Após a oração do Angelus, no dia 13 de junho, diante dos fiéis reunidos na praça de São Pedro, o papa comentou a cerimônia que será realizada na Sicília para receber os restos do barco que naufragou no dia 18 de abril de 2015, no qual cerca de 700 pessoas viajavam da costa da Líbia para a Itália.

“Que este símbolo de tantas tragédias no Mediterrâneo continue questionando a consciência de todos e promovendo o crescimento de uma humanidade mais solidária, que derrube o muro da indiferença. Pensemos nisso: o Mediterrâneo se tornou o maior cemitério da Europa”, advertiu o papa.

Em 2015, o Santo Padre lamentou aquele naufrágio e expressou seu “profundo pesar por esta tragédia”, assegurando a sua oração pelos “desaparecidos e suas famílias”.

Na ocasião, o papa reiterou seu pedido à comunidade internacional para “reagir com decisão e prontidão, para evitar a repetição de tragédias semelhantes”.

Os náufragos são “homens e mulheres como nós, nossos irmãos em busca de uma vida melhor, famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras, em busca de uma vida melhor, em busca da felicidade. Convido-os a rezar primeiro em silêncio e depois todos juntos por estes irmãos e irmãs”, acrescentou o papa.

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