A cantora Dolores O'Riordan, vocalista da banda de rock The Cranberries, que faleceu recentemente, era contra a revogação da Oitava Emenda, que defende a vida desde a concepção e proíbe o aborto na Irlanda. Assim assegurou recentemente a sua mãe, Eileen.

Ao participar de um grande encontro pró-vida em 12 de maio, intitulado "Love Both" (Amem os dois), Eileen O'Riordan assegurou que a sua filha "era completamente contra o aborto".

Em 25 de maio será realizado um referendo na Irlanda para revogar (‘sim’) ou manter (‘não’) a Oitava Emenda Constitucional, que em seu texto atual “reconhece o direito à vida do nascituro, com a devida consideração ao mesmo direito à vida da mãe, garante em suas leis respeitar e, até onde seja praticável, defender com suas leis e reivindicar esse direito”.

O Governo se comprometeu em promover a legislação a favor do aborto caso a emenda constitucional for revogada após o referendo.

Eileen O'Riordan, devota católica que colocou o nome da sua filha em homenagem a Nossa Senhora das Dores, assegurou: "toda a nossa família votará 'não' em 25 de maio".

Dolores morreu em janeiro deste ano. Depois de tomar conhecimento da sua morte, o Arcebispo de Cashel e Emly, Dom Kieran O'Reilly, destacou que a cantora dos The Cranberries "colocou os seus talentos dados por Deus a serviço dos outros".

Dolores, recordou o Prelado, "disse que a Igreja havia nutrido o seu desenvolvimento como artista musical e, para ela, a sua fé sempre foi importante, uma fonte de fortaleza na sua vida”.

Em uma entrevista com a revista musical ‘Rolling Stone’, em 1995, Dolores criticou duramente o aborto.

"Não é bom que as mulheres passem pelo procedimento e tirem algo vivo de seus corpos. Isso despreza as mulheres, mesmo que algumas mulheres digam ‘ah, eu não me preocupo em realizar este procedimento’”, assinalou.

Para a cantora irlandesa, "toda vez que uma mulher pratica um aborto, isso simplesmente diminui a sua autoestima, a torna cada vez menor".

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