O Patriarca Caldeu, Cardeal Louis Raphael Sako, pediu que neste Natal não haja decoração natalina nas igrejas ou nos átrios, e que não sejam realizados concertos nem recepções oficiais, mas que seja uma celebração sóbria como solidariedade e memória das centenas de falecidos nas revoltas em todo o país, que levaram à renúncia do primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi.

Segundo o gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, as manifestações registradas no Iraque desde o início de outubro deixaram mais de 300 mortos e 8.100 feridos.

Depois de fazer seu pedido, o Cardeal Sako cancelou as tradicionais recepções que levavam as autoridades políticas e religiosas para visitar a sede do Patriarcado e serão realizados apenas momentos de oração e intercessão pelas almas das vítimas e para invocar a volta da paz em todo o país.

Segundo a Agência Fides, o Patriarca Sako explicou que as manifestações que ocorrem no Iraque e no Líbano há meses, que envolvem, sobretudo, jovens com grande amor por sua pátria, estão motivadas pelo desejo de ver “os direitos humanos legítimos” garantidos e de acabar com a deriva do sectarismo, da exclusão social e da corrupção que “dominam o país desde 2003”.

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