A capela de Sant’Ana e São Joaquim, em Saturnino Braga, na baixada campista do Rio de Janeiro, foi encontrada no início da manhã de ontem (15) vandalizada e depredada. A porta da igreja estava encostada e vários objetos foram encontrados fora do lugar.

A capela pertence à paróquia de São Sebastião, em Campos dos Goytacazes (RJ). Segundo o pároco, padre Gustavo Ribeiro dos Santos, o sacrário não foi profanado e nenhum objetivo litúrgico foi furtado, somente um aparelho de som e um Datashow.

Padre Gustavo acredita “que arrombaram a porta lateral da igreja para ter acesso ao templo”, pois “a porta estava encostada e muitas coisas estavam fora do lugar”. Ele disse que registrou um “boletim de ocorrência na 134º Delegacia Legal do Centro”,  foi a “comunidade para prestar apoio aos paroquianos” e comunicou o fato ao bispo de Campos, dom Roberto Francisco Ferrería Paz.

O bispo de Campos, dom Roberto Francisco relatou que, praticamente todas as igrejas de sua diocese estão tendo que fazer “um registro mensalmente” de furtos e vandalismos. E ressaltou que em pouco tempo, “três Igrejas” sofreram com essas ações e que “novamente aconteceu”. E tudo isso "mostra a fragilidade da segurança das igrejas, mas deve ser tratado com mais dignidade”.

“Além de tudo, faz pensar que é não um ato de roubo, mas de intolerância, pois de fato afeta a liberdade religiosa. Ao ficar sem o recurso do som, prejudica o culto e cerceia a liberdade religiosa”, enfatizou dom Roberto Francisco.

Para o bispo, essa ação “não demonstra somente o delito à liberdade religiosa, mas o desejo de atingir uma igreja, uma religião”. “A nossa cobrança é direcionada às autoridades, para perceberem que este fato é uma séria ameaça à democracia, a paz e ao convívio entre as religiões e, portanto, rezamos e firmamos nossa posição de não admitirmos mais estes fatos que depõem contra a fé e a crença”, declarou.

 

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