São Justino foi um filósofo leigo e mártir considerado “o mais importante dos Padres apologistas do segundo século”, segundo o Papa Emérito Bento XVI.

Chama-se apologista quem escreve em defesa de algo. E Justino escreveu várias apologias ou defesas do cristianismo que depois ensinou na Ásia Menor e Roma.

Seus escritos oferecem detalhes muito interessantes sobre a vida dos cristãos antes do ano 200 e como celebravam suas cerimônias religiosas.

Nas duas obras que escreveu e que ainda são conservadas, as ‘Apologias’ e o ‘Diálogo com o Judeu Trifão’, “Justino pretende ilustrar antes de tudo o projeto divino da criação e da salvação que se realiza em Jesus Cristo, o Logos, isto é o Verbo eterno, a Razão eterna, a Razão criadora”.

“Em particular Justino, especialmente na sua primeira Apologia, fez uma crítica implacável em relação à religião pagã e aos seus mitos, por ele considerados diabólicas ‘despistagens’ no caminho da verdade”, disse Bento XVI.

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Nasceu por volta do ano 100, na antiga Siquem, em Samaria. Seus pais eram pagãos, de origem grega, e lhe deram uma excelente educação, instruindo-o o melhor possível em filosofia, literatura e história.

Um dia, meditando sobre Deus, um sábio ancião se aproximou dele e lhe recomendou estudar a religião cristã através da Bíblia, “porque é a única que fala de Deus devidamente e de maneira que a alma fica plenamente satisfeita”.

Justino se dedicou a ler as Sagradas Escrituras e encontrou maravilhosos ensinamentos que antes não tinha conseguido em nenhum outro livro. Tinha cerca de 30 anos quando se converteu e, mais tarde, o estudo da Bíblia foi para ele o mais proveitoso de toda a sua existência.

Posteriormente, fundou uma escola em Roma, onde ensinava gratuitamente aos alunos a nova religião, considerada como a verdadeira filosofia e arte de viver de forma correta.

Por isso, foi denunciado e decapitado por volta do ano 165, sob o reinado de Marco Aurélio, o imperador a quem Justino tinha dirigido sua Apologia.