Irmã Ascensão de São José, uma freira dominicana de 76 anos que foi torturada e morta por se recusar a blasfemar durante a Guerra Civil Espanhola, será declarada beata no próximo sábado, 18 de junho.

Segundo o site criado pelos dominicanos da Espanha para a beatificação da freira e de outras 26 mártires da Guerra Civil, irmã Ascensão de São José foi uma das 14 freiras que tiveram que deixar o mosteiro Mãe de Deus em Huéscar, por causa de perseguição religiosa.

Irmã Ascensão de São José. Crédito: COPE

O convento foi saqueado por milicianos republicanos. Irmã Ascenção estava, então, escondida na casa dos pais. A perseguição piorou em Huéscar no início de 1937. Irmã Ascensão foi presa em 16 de fevereiro, porque usava um crucifixo no pescoço.

Nas masmorras da prefeitura onde esteve presa pelos republicanos, eles queriam que ela blasfemasse, mas a freira respondia com breves orações.

Eles a torturaram e a deixaram ao chão.

No dia seguinte, Isso aconteceu na manhã de 17 de fevereiro de 1937, forçaram-na a subir num caminhão com outros presos, mas ela não teve forças, por isso a carregaram. Levaram-nos para o cemitério e foram fuzilando um por um, entre eles estava o sobrinho da freira, Florencio.

Os republicanos pediram de novo que ela blasfemasse, mas ela continuou se recusando. Eles colocaram sua cabeça em uma pedra e com outra arrebentaram seu crânio. Suas últimas palavras foram: "Viva Cristo Rei!"

As dominicanas do Mosteiro de Baza, onde estão os restos mortais da irmã Ascensão na diocese de Guadix, já se preparam para a beatificação.

Uma nota da diocese informa que as religiosas prepararam um relicário para as relíquias da futura beata e que o bispo de Guadix, dom Francisco Jesús Orozco, convidou os fiéis católicos a participarem da beatificação.

A beatificação será no sábado, 18 de junho, às 11h, na catedral de Sevilha. Será celebrada pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Junto com a irmã Ascensão de São José serão beatificados outros 26 dominicanos: 20 frades do convento de Almagro (Ciudad Real), cinco frades e um leigo de Almería.

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