O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu a missa que encerrou a Marcha pela Vida na capital paulista no domingo, 3 de outubro. Segundo o arcebispo, “se não tivesse a família, todos estariam dizendo ‘o papai Estado tem que cuidar’, ‘a mamãe Estado tem que cuidar’”. Segundo o cardeal, “o papel da família é insubstituível e, por isso mesmo, a Igreja apoio toda essa manifestação em favor da vida e da família, porque aí está o verdadeiro bem da pessoa, da sociedade”.

 Em sua homilia, dom Odilo recordou que o evento aconteceu no contexto da Semana Nacional da Vida, que este ano tem como tema “Família, Santuário da Vida”. “A família é o espaço onde a vida pode ser amparada em todas as suas fases”, disse o cardeal.

A Marcha pela Vida teve início às 9h, no Páteo do Colégio e seguiu até a Catedral de São Paulo, onde foi celebrada a missa de encerramento. O objetivo, segundo Ricardo Pupo Nogueira Simões, coordenador da Pastoral Familiar e da Comissão arquidiocesana de Defesa da Vida, foi “dar visibilidade à luta pela promoção da Vida desde a concepção até seu fim natural”.

“Foi um sucesso”, disse Ricardo Pupo Simões. Segundo ele, o evento “teve a presença de muitos jovens, crianças, bebês e gestantes”. Pelo trajeto, “foram entoadas canções que falam de amor, vida e família, além do brado que nunca pode faltar: ‘vida sim, aborto não’”. Como gesto concreto, realizaram “a distribuição de diversos itens aos irmãos em situação de rua como máscaras, bolachas e água, além do principal que é carinho e atenção, coisa que eles mais sentem falta”.

Para Simões, “o ponto alto da nossa marcha foi a Santa Missa na Catedral”. Além do cardeal Odilo Scherer, a celebração contou também com a presença de dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar de São Paulo e referencial para a Pastoral Familiar e Defesa da Vida na arquidiocese.

Durante a celebração, dom Odilo afirmou que as famílias “têm muito a dizer” na causa da defesa da vida, “justamente porque as famílias são o berço da vida, são santuário da vida, como dizia o papa São João Paulo II”. “A família é o espaço onde a vida pode ser amparada em todas as suas fases, desde o momento antes de nascer, depois do nascimento, na infância e ao longo da vida, adolescentes, jovens, adultos e os idosos, as pessoas doentes, as pessoas com deficiência, as pessoas fragilizadas”, afirmou.

Dom Odilo disse que a Semana Nacional da Vida, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 1º a 7 de outubro, e o Dia do Nascituro em 8 de outubro devem “nos ajudar a tomar novamente consciência da importância da vida humana, que é intocável”. Segundo ele, “valorizar a vida também depende de políticas públicas e essas estão por conta de quem manda, de quem faz leis, governa”. Por isso, chamou as autoridades a “olhar para as famílias, para as pessoas, para a vida”, pois “este é o maior bem”.

A Marcha pela Vida contou com apoio e participação de vários grupos pró-vida, entre os quais: Comunidade Famílias Novas, Arenas Pela Vida, Pastoral Familiar, Pastoral da Criança, Projeto Gianna, Associação Guadalupe, Família Religiosa do Verbo Encarnado, Associação dos Médicos Católicos de São Paulo, Comissão de Defesa da Vida de Osasco, Comissão de Defesa da Vida de Presidente Prudente, Comissão Arquidiocesana de Defesa da Vida de São Paulo, Comissão de Defesa da Vida de São Caetano, 40 Dias Pela Vida, Comissão Regional em Defesa da Vida do estado de São paulo, Comunidade Católica Frater Kerigma, Federação Internacional do Direito à Vida e Frente Parlamentar em Defesa da Vida da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

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