Dos 21 cardeais que o papa Francisco criará em 27 de agosto, quatro são da América Latina: dois do Brasil, um do Paraguai e um da Colômbia.

Dom Paulo Cezar Costa, do Brasil

Dom Paulo Cezar Costa nasceu em 20 de julho de 1967, em Valença (RJ). Foi ordenado sacerdote em 5 de dezembro de 1992, na diocese de Valença. É doutor em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Como sacerdote, foi vigário paroquial, pároco, diretor e professor do Departamento de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), reitor do seminário e diretor Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI, em Nova Iguaçu (RJ) .

Em 2010 foi nomeado bispo auxiliar do rio de Janeiro. Sua ordenação episcopal foi em 5 de fevereiro do mesmo ano.

Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), atuou como membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, de 2011 a 2015.

Em 22 de junho de 2016, o papa Francisco o nomeou, aos 48 anos, o sétimo bispo de São Carlos (SP), sucedendo dom Paulo Sérgio Machado, que renunciou aos 70 anos em 16 de dezembro de 2015 após ser detido embriagado.

Em 20 de abril de 2020, o papa o nomeou membro da Pontifícia Comissão para a América Latina e, no dia 4 de julho seguinte, também o nomeou membro do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Dom Costa também foi membro do grupo de bispos consultivos do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) e, em 21 de outubro de 2020, o papa Francisco o nomeou arcebispo metropolitano de Brasília, aos 53 anos.

Dom Leonardo Ullrich Steiner, do Brasil

Dom Leonardo Steiner nasceu em 1950, em Forquilhinha (SC). Fez os votos religiosos da Ordem dos Frades Menores em 1976 e foi ordenado sacerdote em 1978. É doutor em Filosofia e foi formador do seminário até 1986 e mestre de noviços até 1995. Desde então, até 2003, foi professor de Filosofia e secretário do Antonianum.

Foi também vice-pároco da paróquia do Bom Jesus e professor da Faculdade de Filosofia do mesmo nome, em Curitiba (PR). Em fevereiro de 2005, foi nomeado bispo prelado de São Félix. De aio de 2011 a maio de 2019, foi secretário geral da CNBB.

Em 21 de setembro de 2011, o papa Bento XVI o nomeou bispo auxiliar de Brasília. Em 27 de novembro de 2019, o papa Francisco o nomeou arcebispo metropolitano de Manaus (AM), substituindo dom Sérgio Eduardo Castriani, que renunciou por motivos de saúde. Em 31 de janeiro de 2020, tomou posse na arquidiocese.

Desde 27 de março de 2022, é vice-presidente da Conferência Eclesial da Amazônia.

Dom Adalberto Martínez Flores, do Paraguai

Dom Adalberto Martínez se tornará o primeiro cardeal do Paraguai. Nasceu em Assunção, em 8 de julho de 1951. Estudou Economia por três anos na Universidade Nacional de Assunção.

Em 1973, viajou para Washington, D.C., nos Estados Unidos, onde por dois anos estudou Inglês avançado e Filosofia na Faculdade de Filosofia do Oblato College.

Em 1977, viajou para a Itália para ingressar na Escola Sacerdotal Internacional do Movimento dos Focolares, em Frascatti. Em 1981, terminou seus estudos de Teologia na Pontifícia Universidade Lateranense de Roma.

Foi ordenado sacerdote em 24 de agosto de 1985, no Paraguai, pelo agora arcebispo de Boston (Estados Unidos), cardeal Seán O'Malley.

Exerceu o ministério sacerdotal na diocese de St. Thomas das Ilhas Virgens (Estados Unidos), primeiro em Saint Croix e depois em St. Thomas, entre 1984 e 1994. Posteriormente atuou como pároco em várias paróquias de Assunção, no Paraguai, e foi nomeado bispo auxiliar de Assunção em 15 de agosto de 1997. Recebeu a consagração episcopal em 8 de novembro do mesmo ano.

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Em 18 de maio de 2000, foi nomeado primeiro bispo de San Lorenzo e, em 19 de fevereiro de 2007, foi nomeado bispo de San Pedro Apóstol.

Cinco anos depois, em 14 de março de 2012, foi nomeado bispo militar do Paraguai. Em 23 de junho de 2018, foi nomeado bispo da diocese de Villarrica del Espíritu Santo.

Na Conferência Episcopal Paraguaia, é responsável pela pastoral juvenil, secretário e, desde 2018, é presidente, cargo para o qual foi reeleito em 2021.

Dom Jorge Enrique Jiménez Carvajal, da Colômbia

Dom Jorge Carvajal nasceu na cidade de Bucaramanga, na Colômbia. Fez o noviciado na Congregação de Jesus e Maria e estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Javeriana e Teologia no Seminário Valmaría dos Eudistas, na cidade de Bogotá, capital da Colômbia.

Foi ordenado sacerdote em 17 de junho de 1967 e, desde então, é formador no mesmo seminário. Foi membro da comunidade na Província Eudista Minuto de Deus e responsável pela área social de 1972 a 1978.

Também foi membro da comunidade na Província Eudista Minuto de Deus e diretor de estudos do Instituto Teológico Pastoral para a América Latina até 1988.

Foi nomeado bispo da diocese de Zipaquirá pelo papa João Paulo II em 9 de novembro de 1992. Recebeu a consagração episcopal em 12 de dezembro do mesmo ano.

Foi secretário geral da Conferência Episcopal Colombiana, de 1993 a 1995, secretário geral do CELAM, de 1995 a 1999, e presidente do CELAM até 2003.

Em 6 de fevereiro de 2004, João Paulo II o nomeou arcebispo coadjutor da arquidiocese de Cartagena das Índias e, em outubro de 2005, foi nomeado arcebispo de Cartagena das Índias.

Atualmente, é chefe do Instituto de Pastoral Teológica (ITEPAL), membro da Comissão de Coordenação com o CELAM da conferência episcopal e membro da Pontifícia Comissão para a América Latina e do Pontifício Conselho para os Agentes de Saúde.

Em novembro de 2002, dom Jorge Enrique Jiménez foi sequestrado em San Antonio de Aguilera, na Colômbia, pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) junto com um sacerdote que o acompanhava. Mais tarde foram libertados.

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