O reitor do Colégio Pontifício Ucraniano "San Josaphat" de Roma, padre Luis Caciano, destacou que receberam a notícia dos ataques russos "com muita tristeza" e por isso pediu aos fiéis que se unam em oração porque “estamos nas mãos de Deus”.

O Colégio Pontifício Ucraniano “San Josaphat” fica no Gianicolo, uma das colinas sobre as quais se ergue a capital italiana. Lá estudam cerca de 50 seminaristas de origem ucraniana que, segundo o padre Caciano, estão muito preocupados com a situação de seus parentes e amigos que estão na Ucrânia, cuja zona leste está ocupada por soldados russos desde a manhã de ontem, 24 de fevereiro.

Em declarações à ACI Prensa, agência do grupo ACI em espanhol, o padre explicou que recebeu esta notícia "com muita tristeza", embora confie "no diálogo diplomático que pode vencer esta situação de início de guerra".

“Acreditamos que o que está acontecendo ainda não é uma guerra, mas sim uma provocação. Ainda é cedo para falar em guerra”, disse o reitor.

Nesta linha, o padre Luís Caciano pediu para manter a esperança, "colocada sobretudo na capacidade dos dirigentes europeus para mudar o rumo dos acontecimentos".

“A Europa está conversando e procurando uma forma de acabar com essa situação que pode chegar a outros países. A guerra não acontecerá apenas na Ucrânia, mas será maior, atingirá mais países e é por isso que a Europa está tentando impedi-la”, explicou o padre à ACI Prensa.

Ele falou que conseguiu falar com alguns conhecidos que estão na Ucrânia e relatou que o medo e a confusão predominam no país. “Eles estão com medo, ouviram o barulho das explosões e não sabem o que vai acontecer. Esperamos que a diplomacia e o diálogo mudem a situação", disse.

Tudo está nas mãos de Deus

“Acreditamos que todos os cristãos temos que estar unidos na oração, pois tudo está nas mãos de Deus. Rezemos para que a guerra não aconteça. Todos os cristãos devem pedir ajuda para mudar a situação. A força da união é muito maior…é um momento crítico, mas podemos superá-lo”, destacou.

Finalmente, o padre Luis Caciano encorajou o povo ucraniano a “ter tranquilidade e paz na alma e não ter medo ou criar situações de pânico, que é o pior inimigo neste momento”.

“Devem ser conscientes do que está acontecendo e não se deixar levar pelo pânico. Vemos os cidadãos indo aos supermercados para ter provisões, vão aos caixas eletrônicos e bancos... pedimos que os ucranianos possam ter tranquilidade”, concluiu.

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