Escritórios do grupo pró-vida Oregon Right to Life foram incendiados na noite de domingo no estado de Oregon, no clima de tensão gerado pelo possível fim do aborto legal nos EUA.

“Na noite de domingo, 8 de maio, os escritórios de Oregon Right to Life foram atacados. Um indivíduo usou dispositivos incendiários, um dos quais explodiu e incendiou o prédio”, disse Oregon Right to Life num comunicado publicado em seu site em 9 de maio.

“O escritório estava vazio no momento e ninguém ficou ferido. Os bombeiros e a polícia responderam rapidamente, minimizando os danos ao prédio. Os policiais estão investigando o incidente", continuou.

Segundo a polícia, o fogo causou danos mínimos.

Lois Anderson, diretora executiva do Oregon Right to Life, disse no comunicado que sua equipe está abalada pelo ataque e garantiu que a organização está comprometida em “proteger sua equipe” tomando as devidas precauções.

“Estamos agradecidos pela ação rápida de nossos socorristas comprometidos em manter um ambiente seguro para operar nesta comunidade”, disse Anderson.

O ataque ao Oregon Right to Life é o mais recente de uma série de atos violentos nos EUA, incluindo vandalismo de igrejas, interrupção de missas e intimidação contra membros da Suprema Corte.

A onda de violência começou em 2 de maio por causa do vazamento do rascunho de opinião da maioria da Suprema Corte no caso Dobbs x Jackson Women's Health Organization. O rascunho diz que os juízes votarão majoritariamente para anular Roe x Wade, a decisão de 1973 que legalizou o aborto em todo o país.

No domingo  8 de maio, abortistas vandalizaram e incendiaram a sede do grupo pró-vida e pró-família Wisconsin Family Action (WFA).

No dia anterior, outro grupo de abortistas assediou os fiéis católicos que participavam de uma missa e um terço na antiga catedral de São Patrício em Manhattan, Nova York.

Em sua declaração, Oregon Right to Life disse que se opõe enfaticamente ao "uso da força, intimidação e violência por qualquer pessoa envolvida em atividades pró-vida".

O grupo pró-vida também reiterou seu "compromisso com o bem-estar de toda a vida humana", respeitando "o valor inerente e a dignidade de todas as pessoas".

"Assim como condenamos o aborto e a eutanásia, nos opomos a atos privados que tirem a vida humana, inflijam danos corporais ou destruam a propriedade de outros", acrescentou.

A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) também pediu jejum e oração em meio à onda de violência.

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