"A fidelidade ao papa é um dos traços mais tipicamente católicos, seja quem for o papa que Deus nos dá em cada momento”, escreveu o bispo de Córdoba, Espanha, dom Demetrio Fernández, na carta que publica semanalmente.

O bispo, que com outros bispos espanhóis fará a visita ad limina ao papa entre 17 a 22 de janeiro, disse: “A comunhão com o papa nos torna católicos. Portanto, não é uma questão de gosto ou preferência. A comunhão com o papa nos faz estar em sintonia com a vontade de Cristo no seio de sua Santa Igreja”.

O Código de Direito Canônico, norma que rege a Igreja universal, estabelece que a cada cinco anos o bispo diocesano deve apresentar ao papa um relatório sobre a situação de sua diocese, segundo o modelo determinado pela Santa Sé. Nessa visita, chamada ad limina, os bispos também veneram os túmulos dos santos apóstolos Pedro e Paulo.

Em sua carta, o bispo de Córdoba destacou que os meios de comunicação certamente aproximam a pessoa e a figura do papa de seus ensinamentos, mas isso não basta.

“É necessário que ‘sintamos com a Igreja hierárquica’, como disse santo Inácio de Loyola”, o fundador dos jesuítas em cuja ordem o papa Francisco se formou e serviu, “e nos sintamos em plena comunhão com o Sucessor de Pedro, com o Vigário de Cristo na terra, com o 'doce Cristo na terra', como o chama santa Catarina de Sena”.

Dom Fernández disse que “isto significa uma atitude de acolhida disponível de seus ensinamentos, como um filho escuta seu pai, como um discípulo escuta seu mestre. A comunhão com o papa se vive em jubilosa obediência a quem Deus colocou à frente de sua Igreja”.

O bispo também advertiu contra “um dos males do nosso tempo”, que “é o de cada um estabelecer a própria religião a la carte. Você pega o que quer e deixa o que não lhe interessa. Esta não é uma atitude de plena comunhão e ao longo deste caminho houve tantas rupturas na comunidade cristã ao longo da história”.

"A unidade, que Cristo pediu insistentemente ao Pai no momento supremo da sua vida: 'Que todos sejam um', constrói-se todos os dias na aceitação da graça de Deus para viver em comunhão eclesial. Cristo sim, Igreja também”, disse o bispo espanhol. “A visita a Roma é também uma ocasião para dar graças a Deus e receber orientação daqueles que governam a Igreja universal com o papa”.

Para concluir, o bispo pediu orações pelos bispos e pelo papa, e destacou que “vivemos a comunhão com a Igreja, com todos os membros da Igreja, que tem seu ponto de encontro no amor ao papa e na comunhão com ele”.

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