Dom Rino Fisichella, Presidente da Pontifícia Academia para a Vida
A decisão do Presidente norte-americano Barack Obama de reverter a política de Cidade de México, abrindo o uso de recursos federais norte-americanos para a promoção do aborto no mundo, suscitou a primeira expressão de censura e desilusão do Vaticano.

Um dia depois que Obama assinasse a ordem executiva aplaudida por organizações feministas e abortistas no mundo, o jornal italiano Corrierre della Sera reproduziu as declarações do Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, o Arcebispo Rino Fisichella, quem assinalou que “entre as muitas coisas boas que poderia ter feito, Barack Obama escolheu pelo contrário, a pior”.

“O importante é saber quando escutar... sem fechar-se nas próprias visões ideológicas com a arrogância de uma pessoa que, por ter poder, pensa que pode decidir sobre a vida e a morte”, adicionou o Prelado do Vaticano.

“Se este for um dos primeiros atos do Presidente Obama, com todo respeito, parece-me que o caminho para a desilusão será muito curto,” disse também.

Dom Fisichella concluiu a parte da entrevista com o jornal italiano destacando que “eu não acredito que aqueles que votaram por ele (Obama) tiveram em conta temas éticos, que foram astutamente deixados de lado durante o debate eleitoral. A maioria da população norte-americana não toma a mesma posição que o presidente e sua equipe”.

Outra importante voz do Vaticano, Dom Elio Sgreccia, Ex-presidente da mesma Academia e uma das vozes mais importantes em temas de bioética na Santa Sé, assinalou à agência italiana ANSA que “esta (medida) significa um duro golpe não só aos católicos mas também a todas as pessoas ao redor do mundo que lutam contra a massacre de inocentes que se leva a cabo mediante o aborto.