A plataforma Direito a Viver (DAV) da região espanhola da Andaluzia, denunciou que o aumento dos abortos eugênicos revela que está se desenvolvendo no país uma política de extermínio das pessoas que poderiam nascer com alguma deficiência física ou mental.

DAV se referiu ao relatório que o Ministério de Sanidade emitiu no último 14 de dezembro sobre os 111 mil abortos praticados no ano 2009. O relatório sustenta que 2,98 por cento destas práticas se realizaram por "risco fetal". Em 2008 a porcentagem foi de 2,86 e em 2007 foi 2,91 por cento.

"A taxa de má formação que se apresentam na espécie humana de forma natural oscila precisamente entre esse 2-3%, o qual indica que está se desenvolvendo uma política de extermínio, mediante o aborto, de todas as pessoas que deveriam nascer com alguma deficiência que poderia ser qualificada como genocídio", assinalou Direito a Viver (DAV) em um comunicado difundido esta quarta-feira.

O comunicado indicou que "este aumento progressivo é devido à implementação dos programas de seleção ou detecção pré-natal de utilidade abortista que estão se consolidando em todo o país".

"Estas políticas de seleção pré-natal e de submissão dos seres humanos a umas particulares condições de existência nas quais são objeto de técnicas que põem em risco a sua vida seriam contrárias à Declaração dos Direitos Fundamentais da União Européia entre outras normas e leis", advertiu.

Por outro lado, DAV Andaluzia assinalou que esta região encabeça a lista de abortos eugênicos na Espanha, superando "as comunidades mais povoadas, catalã e madrilenha, com 613 casos. A taxa de abortos eugênico na Catalunha e Madrid é de 2,38% e de 2,01% respectivamente ante 2,98 na Andaluzia".