Às vésperas da Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa 2021 (IRF na sigla em inglês), os codiretores Samuel Brownback e Katrina Lantos Swett, junto com as mais de 70 organizações parceiras em todo o mundo, publicaram um Carta de Liberdade Religiosa conclamando à proteção do direito humano universal de religião e consciência “para todos, em todo lugar, o tempo todo”.

A Cúpula Internacional de Liberdade Religiosa juntará de 13 a 15 de julho em Washington uma ampla coalizão em favor da liberdade de religião para um evento de três dias com opção de participação virtual.

A Cúpula “vai conectar recursos e defensores interessados na liberdade religiosa e destacar os testemunhos de vítimas de perseguição religiosa e restrição à liberdade religiosa”, explicam os organizadores.

A carta declara que “a negação de liberdade religiosa a qualquer pessoa é negar o direito dele ou dela de viver uma vida integralmente humana e de florescer como ser humano” e que “a obtenção pelas nações da liberdade religiosa para todos os seus cidadãos e comunidades religiosas, protegidas pela lei e valorizadas pela cultura, aumentaria significativamente a justiça, a estabilidade e a paz internacionais.”

Ela também declara que “a defesa da liberdade religiosa transcende a disputa partidária e a política, e a proteção da consciência serve como marco fundamental para o florescimento de sociedades justas e livres.”

Por isso a Carta declara:

·         Que todo governo, toda comunidade religiosa, e toda organização política e da sociedade civil no mundo deve se esforçar em busca do objetivo de obter liberdade de religião e consciência para todos, em toda parte, protegida pela lei e valorizada pela cultura.

·         Que a liberdade religiosa deveria ser entendida como três niveis interconectados de direitos:

·         O direito de todo ser humano acreditar livremente em verdades religiosas, ou não acreditar, sem coerção de nenhuma autoridade humana, especialmente do estado, com seus poderes extraordinários.

·         O direito de se juntar a outros numa comunidade religiosa, que também tem liberdade religiosa e os direitos dos crentes e das comunidades religiosas de vivere e agir pacificamente, dentro da sociedade civil e política, de acordo com suas crenças religiosas.

·         Que todas as pessoas de boa vontade, inclusive os líderes de organizações internacionais, nações, religiões, instituições da sociedade civil, organizações de mídia, entidades políticas, devem começar agora a dar passos práticos em direção ao objetivo de obtenção de liberdade religiosa para todos, em todo lugar.

A direção honorária da Cúpula é compartilhada por senadores e deputados republicanos dos EUA e a lista de palestrantes inclui um amplo espectro de líderes religiosos, ativistas e funcionários de organizações governamentais e não-governamentais ligadas à liberdade religiosa.

Entre os palestrantes estão o cardeal Timothy Dolnam arcebispo católico de Nova York; o imã Mohamed Magid da Sociedade Muçulmana da Área de Dulles, na Virginia, EUA; Wai Wai Nu, fundadora da Rede da Paz de Mulheres; Nina Shea, diretora do Centro para Liberdade Religiosa dos EUA; Ewelina Ochab, cofundadora da Coalizão de Reação ao Genocídio; Tristan Azbej, secretário de Estado para Ajuda aos Cirstãos perseguidos, da Hungria; arcebispo Angaelos, arcebispo copta de Londres; Tursunay Ziyawudun, que fala pelas mulheres uigures da China; Ben Rogers, fundador do Observatório de Hong Kong; Bashar Warda, arcebispo caldeu de Erbil; Fawza al-Yusuf, codiretora do Partido de União Democrática do Nordeste da Síria; Nasrin Rasho, ativista dos direitos humanos da Rede de Sobreviventes Yazidi; Chen Guangcheng, ativista chinês de direitos humanos; Irene Weiss, sobrevivente do Holocausto; e Tracy Sabol, âncora principal do programa News Nightly da EWTN.

Espera-se uma saudação do Dalai Lama, líder tibetano, durante a sessão de abertura.

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