“Peço ao Senhor para que as esperanças de um futuro de paz e mais fraterna amizade não sejam desiludidas”, expressou o Papa Francisco ao referir-se à cúpula realizada na última sexta-feira entre os líderes da Coreia do Norte e Coreia do Sul, na qual se comprometeram a conseguir a “desnuclearização total” da península.

“Acompanho com a oração o êxito da cúpula intercoreana da sexta-feira passada e o corajoso compromisso assumido pelos líderes das duas partes para realizar um percurso de diálogo sincero por uma península coreana livre das armas nucleares”, disse Francisco.

Do mesmo modo, afirmou, “peço ao Senhor para que as esperanças de um futuro de paz e mais fraterna amizade não sejam desiludidas, e para que a colaboração possa prosseguir produzindo frutos de bem para o amado povo coreano e para o mundo inteiro”.

Na sexta-feira foi realizada em Panmunjom a cúpula entre o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in. Trata-se do primeiro encontro entre os principais líderes dos dois países em onze anos.

A cúpula terminou com a assinatura da Declaração de Panmunjom, que, entre outras coisas, confirmou “o objetivo comum de obter, através de uma desnuclearização total, uma península coreana não nuclear”.

Além disso, ambas as partes se comprometem a acabar com as hostilidades mantidas desde o armistício de 1953. “A Coreia do Sul e a Coreia do Norte fizeram um acordo de buscar ativamente encontros trilaterais que envolvem” os dois países e os Estados Unidos, ou quadripartidos que incluam a China, “a fim de declarar o fim da guerra e estabelecer um regime de paz permanente e sólido”, assinala.

A Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com a assinatura de um armistício e não um acordo de paz.

O armistício foi assinado em Panmunjom, na Coreia do Sul e parte da “zona desmilitarizada” entre os dois países. Entretanto, é um dos territórios mais vigiados da península.

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