A diocese de Barretos (SP) realizou na segunda-feira, 22 de novembro, a exumação do corpo do servo de Deus padre André Bortolameotti, no Santuário Diocesano Nossa Senhora do Rosário, onde ele atuou e foi sepultado. O procedimento faz parte do processo de beatificação, aberto em 2016.

Padre André Bortolameotti nasceu em 22 de dezembro de 1919, na terra natal de Santa Paulina, Vígolo Vattaro, na Itália. Em 19331, ingressou na Congregação dos Padres de Jesus Sacerdote, tendo recebido a ordenação presbiteral em 29 de junho de 1943. Veio para o Brasil em 1967. Atuou em Barretos de maio de 1984 até sua morte, em 28 de outubro de 2010.

Em Barretos, ficou conhecido por seu trabalho social e pastoral. Tinha grande preocupação com os doentes que iam para esta cidade para se tratar no Hospital do Câncer, hoje chamado Hospital do Amor. Por isso, idealizou o Alojamento Madre Paulina, a fim de acolher estas pessoas.

“Esse processo de exumação na Igreja é uma prática para o conhecimento dos restos mortais do candidato à santidade para provar realmente sua existência e fazer sua conservação”, disse ao site da diocese de Barretos o perito em exumação de processos de causas de canonização, padre Tiago Medeiros, de São José do Rio Preto (SP).

Os restos mortais passam agora por um tratamento que pode durar até uma semana. Segundo a diocese, será feito de forma privada, pois por determinação do Código Canônico ainda não se pode venerar publicamente padre André, nem divulgar imagens da exumação e do tratamento dos restos mortais.

Padre Tiago Medeiros afirmou que após “um tratamento de conservação dos ossos do corpo” é feita “uma cerimônia para autenticar essas relíquias, e elas são guardadas novamente”. “Quando aprovada a beatificação, então, se extraem fragmentos dos ossos, partes do corpo, para veneração pública dos fiéis”, declarou.

Uma missa com a lacração da urna com os restos mortais de padre André será realizada na próxima segunda-feira, 29 de novembro, às 19h30, no Santuário Nossa Senhora do Rosário.

Em 2016, teve início o processo de beatificação de padre André Bortolameotti, que está em fase diocesana. A previsão é que esta fase seja encerrada em fevereiro de 2022. Após a finalização, toda a documentação coletada será enviada para a Congregação para as Causas dos Santos, da Santa Sé. Com o reconhecimento das virtudes heroicas, o sacerdote passa a ter o título de venerável. “É como se Roma atestasse que ele viveu o Evangelho de forma heroica, que ele viveu aquilo que Cristo pedia”, disse ao ‘g1’ a postuladora da causa, Lucila Castro.

Em seguida, é necessário o reconhecimento por parte da Santa Sé de um milagre sob a intercessão do sacerdote para que ele seja declarado beato. O reconhecimento de um segundo milagre leva à canonização.

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