Em uma palestra sobre o sacramento da penitência, em 2016, o Bispo de San Sebastián (Espanha), Dom José Ignacio Munilla, ofereceu alguns conselhos práticos para aproximar-se da confissão.

A seguir, confira esses 5 passos para uma boa confissão:

1. Exame de consciência

“Preparar-se para a confissão não tem que ser diferente de fazer um tempo de oração, colocando-se na presença de Deus, e isso é fazer oração”, assegurou o Prelado, que incentivou a “pedir luz ao Espírito Santo, para nos vermos com os olhos de Deus”.

Nesse sentido, explicou que pode ser útil repassar os mandamentos da lei de Deus ou os da Santa Mãe Igreja para ver em que se pecou. “Ou através das bem-aventuranças, repassar os pecados capitais, ou com as virtudes teologais e morais”, afirmou.

2. Dor no coração

“O segundo conselho é que a confissão seja precedida por um ato de amor de Deus, que é o ato de contrição. O amor e a dor são a cara e cruz de uma mesma moeda, uma grande alegria porque Deus me perdoa e uma grande pena porque não soube amá-lo como merecia”.

O Bispo de San Sebastián destacou que é “essencial o ato de contrição” que segue unido ao “desejo de confessar nossos pecados”.

3. Propósito de emenda

“Está muito ligado à contrição e se trata de ver quais passos tenho que dar para que meu arrependimento seja proativo e sincero”, explicou.

Além disso, falou sobre fazer um “exercício de discernimento” para ver o que se poderia fazer para vencer quando formos tentados.

“É um juízo de prudência para ver como nos situarmos frente à tentação. É preciso vencer a tentação respondendo-lhe desde o primeiro segundo, que não cresça, que não se torne mais forte”, insistiu.

Além disso, destacou que “com o demônio não se dialoga, porque sempre se sai perdendo”.

4. Confessar os pecados ao sacerdote

O Bispo de San Sebastián recordou a importância de se confessar diante de um sacerdote, porque durante o sacramento, este atua ‘in persona Christi’, “mas também representa a Igreja e os meus irmãos, aos quais tenha ofendido e que também te perdoam”.

Nesse sentido, sublinhou que “a aplicação comunitária da absolvição nos fez um grande mal”, já que se tratava de algo para casos extremos e cujo uso se generalizou.

5. Cumprir a penitência

Dom Munilla, recordando São Francisco Xavier e outros santos, sublinhou a importância de que as penitências sejam pedagógicas e “sirvam para que o pecador seja consciente do processo de santificação que sua vida seve levar”.

Também incentivou a viver a penitência “a partir do seu sentido medicinal, de cura”.

Incentivou ainda a que a confissão “seja um encontro transformador, de graça que nos faz homens novos” e recordou que, “para um sacerdote, este sacramento é exigente, mas compartilha com o coração de Cristo uma imensa alegria quando é testemunho de um novo nascimento”.

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