Teve início no Vaticano uma nova reunião do Conselho dos Cardeais, também conhecido como C9, que assessora o Papa Francisco na reforma da Cúria romana, entre outros temas.

Trata-se da 23ª reunião, a primeira deste ano, e terminará na quarta-feira, 28 de fevereiro.

Quando o Pontífice criou esta Comissão, explicou que o seu objetivo principal era ajudá-lo “no governo da Igreja universal e estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica Pastor Bonus na Cúria Romana”.

O C9 se reúne a cada certo tempo para analisar alguns temas relacionados à Cúria. A última reunião foi realizada entre os dias 11 e 13 de dezembro para fazer um balanço das mudanças realizadas até o momento.

Nestes dias, também abordam a reforma dos meios de comunicação e as atividades da Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. Além disso, falam sobre a importância dos jovens no Dicastério para os Leigos, Família e Vida.

Em diversas ocasiões, o próprio Papa Francisco explicou os motivos dessa reforma da Cúria. Por exemplo, em 22 de dezembro de 2016, em sua saudação de Natal aos membros da Cúria Romana, sublinhou que é “um processo de crescimento e, sobretudo, de conversão”.

“Por isso, a reforma não tem uma finalidade estética, como se quisesse tornar mais bela a Cúria; nem se pode entender como uma espécie de avivamento, maquiagem ou um cosmético para embelezar o velho corpo da Cúria, e nem mesmo como uma operação de cirurgia plástica para tirar as rugas”, disse naquele então.

Além disso, expressou que “trata-se de tornar a Cúria mais conforme à sua finalidade que é colaborar no ministério próprio do Sucessor de Pedro”, ou seja, “apoiar o Romano Pontífice no exercício do seu poder singular, ordinário, pleno, supremo, imediato e universal”.

“Como a Cúria não é uma estrutura imóvel, a reforma é, antes de tudo, sinal da vivacidade da Igreja em caminho, em peregrinação, e da Igreja viva e, por isso – porque está viva –, sempre reformanda, necessitada de ser reformada porque está viva”.

Em fevereiro de 2015, o Santo Padre também explicou aos membros do Colégio dos Cardeais que “a reforma não é o fim em si mesma, mas um meio para dar um forte testemunho cristão; para favorecer uma evangelização mais eficaz; para promover um espírito ecumênico mais fecundo; e para encorajar um diálogo mais construtivo com todos”.

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