TURIM, 04 Dez. 19 / 06:00 pm (ACI).- As Filhas de Jesus Rei é uma congregação para religiosas com deficiência visual, atualmente há 8 religiosas, porém chegaram a ser muitas mais e são uma mostra de que, quando o Senhor chama, não há barreiras que não possam ser superadas.
Ir. Lorena Logrono, superiora das Filhas de Cristo Rei, explicou à ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI – que a origem da congregação está nas Pobres Filhas de São Caetano, fundada pelo Beato Giovanni Maria Boccardo, há 135 anos.
“Quando o Beato Giovanni Maria Boccardo ficou doente, deixou a Congregação das Pobres Filhas de São Caetano nas mãos de seu irmão Luigi, que também foi nomeado responsável do instituto de meninas cegas em Turim. Lá, uma jovem pediu ao Beato Luigi Boccardo para ser religiosa, mas não podia porque era cega. Algum tempo depois, ele recebeu a inspiração de fundar uma congregação para pessoas cegas, que tivesse o carisma das Pobres Irmãs de São Caetano, mas dedicadas à contemplação. E lá, em 1932, nasceu o ramo contemplativo Filhas de Jesus Rei”, explicou a religiosa.
Irmã Lorena, que enxerga, pertence à Congregação das Pobres Filhas de São Caetano e é a superiora das Filhas de Jesus Rei, em Turim (Itália).
"As Filhas de Jesus Rei sempre tiveram a assistência de uma irmã que enxerga, mais para questões práticas como, por exemplo, se precisam sair para ir ao médico, mas dentro do convento tudo está adaptado e elas são totalmente independentes”, destaca Ir. Lorena.
Atualmente, a Congregação Filhas de Jesus Rei é composta por oito religiosas que têm entre 38 e 100 anos.
Ir. Maria Patrizia Speculato é uma das Filhas de Jesus Rei, tem 69 anos e entrou na congregação com 21. “Estudei fisioterapia em Florença, no instituto para pessoas cegas e lá conheci a congregação. Eu sentia o chamado do Senhor desde pequena e, embora tenha me afastado por um tempo, quando terminei de estudar, vi que o Senhor me chamava novamente. E suscitou de novo o desejo de me consagrar a Ele. Isso me permitiu ser capaz de superar todas as dificuldades para entrar, como deixar minha família que é de Nápoles e ir morar em Turim. Quando se tem vocação, faz-se tudo que seja necessário para segui-la”.
Como explica Ir. Maria Patrizia, seu carisma é "oferecer a vida de oração e sacrifício pelo Santo Padre, pelos sacerdotes e sua santificação, e pela conservação e difusão da fé".
Rezam a Liturgia das Horas completa porque está traduzida para Braille, assim como muitos outros livros de espiritualidade. Também realizam uma hora de adoração por dia; meditam uma hora pela manhã e meia à tarde; rezam o Terço e participam da Santa Missa. Tudo para "estar mais unidas ao Senhor durante o dia, porque nossa vida é crescer em intimidade com Cristo", destaca.
Também indica que não precisam usar a bengala para caminhar dentro do convento porque "conhecemos todos os cantos perfeitamente e não nos faz falta".
As Filhas de Jesus Rei e as Irmãs Sacramentinas de Dom Orione são as únicas duas congregações religiosas que aceitam mulheres com deficiência visual.
Mais informações sobre as Filhas de Jesus Rei AQUI.
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— ACI Digital (@acidigital) July 24, 2017
Etiquetas: vida religiosa, vida consagrada, Igreja, Religiosas, deficiência, cegas, deficiência visual
