O Arcebispo de Valência, na Espanha, Cardeal Antonio Cañizares, sugeriu uma maneira para ganhar a “Terceira Guerra Mundial” que atualmente afeta o mundo e que o Papa Francisco denunciou em diferentes ocasiões, desde o início do seu pontificado.

Na homilia da Missa que presidiu em sufrágio pelas vítimas do atentado em Barcelona que provocou a morte de 15 pessoas e deixou mais de 100 feridos, o Purpurado rezou pelas “numerosas vítimas do terrorismo, especialmente do jihadista, que nos faz pensar com o Papa Francisco que estamos imersos em uma nova guerra, a ‘terceira guerra mundial’”.

Em várias ocasiões, o Santo Padre se referiu a uma “Terceira Guerra Mundial em pedaços”, considerando a grande quantidade de conflitos que existem atualmente no mundo, frente aos quais o Pontífice sempre incentivou o diálogo e a solução por um caminho pacífico.

Diante dessa “Terceira Guerra Mundial”, o Cardeal Cañizares disse no domingo, 20 de agosto, que “é necessário combatê-la e vencê-la, e não precisamente com armas que matam, mas com armas que mudam o coração do homem, das armas da razão, da verdade, do amor, da justiça, da educação e da fé”.

Em seguida, o Arcebispo de Valência destacou que “a força que realmente pode superar a destruição assassina vem da fé. Na afirmação e no reconhecimento de Deus, que afirma o homem e a sua dignidade inviolável como pessoa, na escuta da voz divina que questiona Caim e pergunta pelo seu irmão, no testemunho de Deus vivo que aposta tudo pelo homem, está a raiz que possibilita a paz”.

Por esta razão, continuou: “É necessário que o Evangelho da fé, que o Evangelho do amor e da vida penetrem no coração do homem, na alma da sociedade, no mais profundo da cultura”.

É necessário, disse o Purpurado, que haja um claro esforço para “superar a cultura envolvente da morte e do desprezo do homem e de sua verdade, da Verdade de nossos dias em cujo seio se gesta, desenvolve e alimenta também o terrorismo, incluindo o jihadista”.

“Os cristãos, pela nossa fé em Deus que enviou o seu Filho ao mundo e o ressuscitou da morte, temos a responsabilidade e o dever inquestionável, especialmente com as novas gerações, de defender e abrir as possibilidades da vida, educar para uma cultura da vida, educar para uma nova civilização do amor”.

Para isto, explicou, “é necessário a revitalização da nossa fé em Deus, fazer discípulos de Jesus Cristo, evangelizar novamente como nos primeiros séculos”.

O Cardeal Cañizares também incentivou a pedir a Deus “para que o terrorismo acabe de uma vez por todas”.

“Peçamos a Deus, rei da paz, princípio e fonte da sabedoria, para que conceda sabedoria às autoridades que governam os destinos dos povos e das nações, para que, juntos, busquem, encontrem e apliquem as medidas mais justas e efetivas para erradicá-lo”.

Finalmente, desejou que “a todos lhe conceda essa sua sabedoria, necessária para trabalhar de forma responsável pela convivência e pela paz na justiça, na verdade, na liberdade, na sabedoria e no amor”.

“Pedimos tudo isso por intercessão da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e de todos os homens a quem invocamos através das devoções de Mãe e Virgem dos Desamparados, Virgem e Senhora de Montserrat, Rainha da Paz, Consolação dos aflitos , Rainha das famílias”, concluiu.

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